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Família de estudante que ficou em estado vegetativo após cirurgia busca na Justiça tratamento de neuromodulação


Depois de ficar um ano internada, Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, conseguiu judicialmente seguir em atendimento domiciliar. Apesar dos avanços, familiares e advogados tentam novas formas de tratamento. Larissa Moraes de Carvalho deixou a Santa Casa e está em tratamento domiciliar em Juiz de For
Arquivo Pessoal
Após conseguir judicialmente o atendimento em home care, a família da estudante de medicina Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, em estado vegetativo há mais de um ano após um procedimento cirúrgico com possível erro médico, move outra ação para conseguir um outro tipo de tratamento para a jovem: a neuromodulação, de estimulação elétrica cerebral.
A farmacêutica e estudante de medicina teve uma parada cardiorrespiratória durante uma internação de uma cirurgia ortognática, procedimento para corrigir alterações de crescimento dos maxilares e mandíbulas, na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.
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Conforme os advogados da família, há recomendação da neuroreabilitação através de neuromodulação personalizada intensiva, combinando estimulação magnética transcraniana e estimulação elétrica por corrente contínua com fisioterapia e fonoterapia intensivas.
“Esta abordagem visa melhorar a funcionalidade, reduzir as deficiências e potencializar a recuperação, apoiada por evidências científicas e orientações publicadas”, explica a defesa no processo, assinado pelos advogados Fabio Guimarães Timponi e Patrícia Quinane Coelho Timponi.
O procedimento foi inicialmente negado pelo Plano de Assistência à Saúde (PAS/JF), plano de saúde da família, que alegou que ele não consta no rol de serviços oferecidos. A defesa entrou com recursos e apelações e, enquanto isso, a jovem continua no tratamento domiciliar, com respiração por uma traqueostomia, alimentação através de sonda e atendimentos diários de fisioterapia e fonoaudiologia.
“O home care foi muito importante. Pelos relatos da família, a gente vê que a recuperação domiciliar está surtindo efeito na recuperação. É claro que é um processo lento”, avaliou a advogada Patrícia Quinane Coelho Timponi.
Também foi necessário ingressar com o pedido de neuromodulação, que é em um tratamento que visa plasticidade do cérebro, para a qualidade de vida da Larissa e para a maior dignidade. É muito importante que seja concedido”.
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O neurologista de Larrisa, Dr. Fabrício Peregrino explicou que a neuromodulação é um tratamento novo, e que atualmente é uma das abordagens mais modernas disponíveis.
“Ele é feito a partir de um aparelho que emite pequenos choques, com o principal objetivo de estimular indiretamente o cérebro, para tentar reativar os neurônios, e as células que estão mortas. Essa abordagem é usada em outros tratamentos, como para pacientes que sofreram um AVC”.
O pai da estudante ressaltou que a família não tem condições financeiras de bancar o tratamento da neuromodulação, que teria o gasto anual de R$ 400 mil.
Entenda o caso
A juiz-forana teve uma parada cardiorrespiratória durante uma internação de uma cirurgia ortognática, procedimento para corrigir alterações de crescimento dos maxilares e mandíbulas.
A família percebeu a filha em parada cardiorrespiratória ainda na maca, ao voltar para o quarto:
“O olho dela estava virado, mas achei que era normal, por conta da cirurgia. Fui andando na frente, para poder abrir a porta do quarto para elas entrarem, mas não pude entrar porque elas pediram que eu ficasse do lado de fora”, contou o pai dela.
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Conforme a família, o prontuário médico da jovem indica que ela teria saído da sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA) às 17h45, sendo direcionada ao quarto do 9º andar da unidade, chegando lá por volta das 18h02, já em parada cardiorrespiratória. Neste intervalo de 17 minutos, ninguém havia identificado que algo estava errado com a paciente.
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O hospital, o médico-cirurgião e o médico anestesista são investigados no caso, após duas perícias particulares, contratadas pela família, apontarem possíveis falhas no procedimento.
O caso foi levado ao Ministério Público e, em setembro de 2023, o promotor Jorge Tobias de Souza determinou a abertura de investigação pela Polícia Civil, que abriu inquérito e colheu depoimentos.
A Santa Casa de Misericórdia informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. O escritório que cuida da defesa da instituição foi procurado, mas o advogado não retornou contato da reportagem.
Já o Conselho Regional de Medicina (CRM) disse que “todas as denúncias recebidas, formais e de ofício, são apuradas, sendo respeitada a ampla defesa e o contraditório”.
O g1 não conseguiu contato com a defesa dos médicos investigados.
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