O Dia Mundial da Educação é ligado ao término da “Cúpula Mundial da Educação” em Dakar, Senegal, de 26 a 28 de abril de 2000. Esse dia deve ser uma reafirmação de princípios estabelecidos há 20 anos, originários de uma das regiões mais pobres do mundo. Esses princípios devem orientar os esforços globais em educação.
A Educação ainda não é prioridade em diversos países e, em outros, enfrenta desafios ante a troca permanente de orientações de Governos, colocando em risco a continuidade de projetos voltados para os alunos. A polarização política tem sido matriz dessas mudanças frequentes com reflexos imediatos no próprio ensino.
A Unesco enfatiza que a valorização e a qualificação dos professores são essenciais para melhorar a qualidade da educação. Isso implica em elevação do status profissional e investimentos em formação contínua, assegurando que estes profissionais sejam não apenas bem treinados, mas também adequadamente apoiados e motivados.
Para um país tão diversificado como o Brasil, os desafios para implementação de processos educacionais são mais intensos. A agenda precisa continuar a expandir para melhorar o acesso à educação em todos os níveis garantindo que todas as crianças e jovens possam beneficiar-se de uma educação inclusiva e de qualidade.
A pandemia de Covid foi reveladora das diferenças regionais, e até mesmo dentro de regiões, dando margem para a adoção de processos que superem esse cenário. São necessários não apenas investimentos contínuos em infraestrutura e pessoal docente, mas também se faz mister um foco renovado em políticas que abordem as desigualdades e promovam a equidade em todo o sistema educação. A própria Unesco, entre seus processos, trata dessa questão com grande clareza.
Em um mundo conectado, governos precisam avaliar experiências de outros países, respeitando sua cultura. É necessário desenvolver ações colaborativas com organismos internacionais para um planejamento sólido. As políticas públicas eficazes devem atender às necessidades da população.
A cúpula de Dakar foi um evento importante, por dar margem à troca de experiências de sucesso que, se devidamente adaptadas, poderiam dar resultados positivos. Nestas duas décadas, muita coisa evoluiu, sobretudo no campo tecnológico, simplificando as atividades educacionais.
No entanto, mesmo nos tempos atuais, as diferenças persistem e em algumas regiões, até aumentaram. Isso exige medidas concretas para diminuir essa margem. Especialmente quando consideramos um princípio básico discutido em Dakar: todos devem se comprometer a não poupar esforços políticos e financeiros. O objetivo é que a educação alcance todas as pessoas do planeta.
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