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Agrishow: Cooperativas de crédito ao agro estimam R$ 3,8 bilhões em negócios

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Cooperativas de crédito dizem na Agrishow que o custeio é a maior demanda

Com cautela e de olho no movimento dos produtores rurais, as cooperativas de crédito presentes na Agrishow – 29ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que termina na sexta-feira (3), em Ribeirão Preto, vão consolidando suas estratégias para os valores estimados. Pressionados pela baixa das commodities, principalmente grãos, mas animados com o desempenho de setores como o café e a cana-de-açúcar, a meta é pelo menos manter os patamares do ano passado ou até avançar um pouco.

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As linhas para custeio da safra são o alvo das cooperativas. Os dois principais sistemas de cooperativas de crédito, Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) e o Sicoob (Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil), esperam fechar negócios da ordem de R$ 3,8 bilhões durante a feira ou iniciados no evento.

A estimativa do Sicredi, com 7,5 milhões de associados e uma carteira agro da ordem de R$ 85,3 bilhões, é fechar negócios de cerca de R$ 1,2 bilhão na Agrishow. O Sicredi, sétimo maior banco do país e maior entre os privados no setor rural, espera conceder R$ 56 bilhões em crédito durante a safra de 2023/2024, que se encerra em junho deste ano. O valor representa um aumento de 35% em relação à temporada anterior, quando a instituição financeira emprestou R$ 36,8 bilhões. Faltam R$ 4 bilhões para atingir a meta, e Gustavo Freitas, o diretor de crédito do Sicredi, acredita que 30% desse valor devem ser contratados durante a Agrishow.

“O investimento é o que mais gira nessas feiras em geral. O grosso do financiamento vinculado a investimentos, que os produtores usam para comprar implementos agrícolas”, disse Freitas à Forbes. Em sua quarta Agrishow, o economista de Porto Alegre (RS), onde fica a sede do banco, indica que o restante da meta deve ser atingido em outras duas feiras agrícolas este mês, em Maracaju (MS) e Uberaba (MG).

Freitas lembra que fatores negativos como juros altos, eventualidades climáticas e o choque nos preços das commodities impactaram o mercado de crédito, que na safra passada havia crescido 24%. Muitos produtores migraram para o consórcio, que cresceu de R$ 22 bilhões em 2022 para R$ 37 bilhões no ano passado. “O produtor está preferindo pagar um ‘pedaço’ da máquina todo mês, sem juros, até ser sorteado”, diz.

Mas a sequência de cortes na taxa Selic, pelo BC (Banco Central), dá melhores perspectivas para os clientes do Sicredi, que tem linhas de crédito com 3,6% até 17% de juros anuais. “No lançamento da safra, a taxa básica de juros era de 13,25%, hoje é cerca de 10% e na próxima [reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária] deve estar ainda mais baixo. Isso, num financiamento de dez anos, faz uma diferença enorme.” Outro detalhe é a espera do novo Plano Safra, que pode vir com condições de crédito mais favorável. Por isso, Freitas diz que na Agrishow muitos protocolos devem ser firmados, para para serem cumpridos a partir do novo Plano Safra.

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O Sicoob estima conceder R$ 2,5 bilhões em negócios, ante os R$ 2,3 bilhões consolidados no ano passado. O Sicoob reúne 14 cooperativas de crédito, entre elas a Credicitrus, com sede em Bebedouro (SP), que conta com 169,2 mil associados no próprio estado, mais Minas Gerais e um pezinho em Mato Grosso do Sul.

A Credicitrus estima R$ 400 milhões em novos negócios fechados durante a feira ou iniciados, 15% acima de 2023. O valor faz parte de um pacote de R$ 700 milhões já aprovado aos associados. “O cenário está mais arrefecido e o produtor está segurando os investimentos”, diz Walmir Segatto,diretor-presidente da cooperativa. “Boa parte da procura por crédito é para custeio.”

A Coopercitrus tem ativos da ordem de R$ 14,5 bilhões, com captações da ordem de R$ 10,5 bilhões em 2023 e todo o crédito concedido é próprio. “A nossa média de inadimplência é historicamente baixa, de menos de 0,5% anual”, diz Segatto, ressaltando que esse índice permanece mesmo com a expansão da cooperativa. Atualmente, a média de tempo dos cooperados na instituição é de 3 anos. “Há cinco anos, essa média era de 15 anos.”

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A Agrishow espera receber cerca de 200 mil visitantes de 50 países, entre eles China, Alemanha, EUA, Colômbia, Holanda, Itália e países vizinhos. Entre companhias internacionais e brasileiras, participam da feira cerca de 800 empresas.

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