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O heróico voo de Enos: o primeiro chimpanzé a orbitar a Terra

Os animais desempenharam um papel importante ao longo da história da exploração espacial. Na verdade, o envio de espécies para fora da Terra começou nos anos 40, época em que macacos e ratos foram utilizados para investigar os possíveis efeitos da microgravidade e da radiação em seres vivos. Mais tarde, foi a vez de Laika, a cadela soviética que em 1957 se tornou o primeiro ser vivo a orbitar a Terra a bordo do Sputnik 2, e que não sobreviveu à viagem. Posteriormente, outros animais foram enviados, como tartarugas, sapos e ratos. Também chimpanzés, começando por Ham, que deixou o planeta em 31 de janeiro de 1961 como parte do programa espacial dos Estados Unidos, conseguindo retornar são e salvo após um voo suborbital que durou cerca de 16 minutos.

E apenas alguns meses depois, em 29 de novembro de 1961, foi a vez de Enos, um chimpanzé treinado para se tornar o primeiro primata a completar uma órbita ao redor da Terra, marcando um momento enorme para o mundo.

Quem foi Enos, o chimpanzé astronauta?

Primeiro um pouco de contexto. Em pleno auge da corrida espacial, os Estados Unidos buscavam alcançar e superar as conquistas da União Soviética, que já havia enviado o primeiro humano, Yuri Gagarin, ao espaço. Como resultado, a NASA considerou necessário realizar testes que garantissem a segurança de futuros astronautas humanos, o que resultou na missão Mercury-Atlas 5 com Enos a bordo.

Foi assim que três dias antes do lançamento selecionaram Enos para esta missão. Um primata que não tinha sido preparado para o voo em si, mas que havia acumulado mais de 1.250 horas de treinamento na Universidade de Kentucky e na base aérea de Holloman, com o objetivo de estar preparado para os desafios físicos e mentais de um voo espacial.

O resultado? Enos completou com sucesso sua órbita ao redor da Terra em 1 hora e 28,5 minutos, e o fez duas vezes. Claro que não sem antes um pouco de sofrimento… Enquanto o animal estava orbitando, houve falhas na cápsula que o transportava. Imediatamente, os responsáveis ativaram o sistema de recompensas que o animal havia aprendido; choques elétricos por cada manobra bem-sucedida. Mesmo assim, Enos resistiu, conseguindo retornar à Terra com vida e ajudando a demonstrar que o espaço é um ambiente viável para os seres vivos.

Infelizmente, Enos faleceu em 4 de novembro de 1962, quase um ano após a sua missão, devido a uma doença chamada disenteria bacilar, para a qual na época não havia antibióticos capazes de combatê-la. De acordo com os relatórios médicos, essa condição não estava relacionada com a sua missão espacial.

NASA

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