O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, liderou uma reunião de emergência do Gabinete de Crise na tarde desta terça-feira (30/4), na sede da Defesa Civil em Porto Alegre. A reunião, convocada diante do agravamento das condições meteorológicas no estado, contou com a participação de secretários e membros das forças de segurança para avaliar as ações de resposta imediata e planejar os próximos passos.
Durante a reunião, foi feito um levantamento das intervenções realizadas ao longo do dia e mapeado o prognóstico meteorológico para as próximas horas. O foco atual das equipes é o resgate de famílias que estão isoladas devido às inundações. “Conversei por telefone com o presidente Lula, que garantiu o apoio do governo federal”, informou Leite. “Estamos organizando suporte de aeronaves para o resgate de pessoas ilhadas, uma vez que já contamos óbitos e ainda temos desaparecidos.”
O governador destacou que a prioridade é resgatar as famílias desalojadas, encaminhando-as para residências de familiares ou para abrigos públicos. Para isso, equipes de resposta rápida estão sendo mobilizadas para atuar em áreas de risco iminente à vida.
Especificamente em Candelária, a situação é descrita como crítica pela Defesa Civil estadual. As operações de resgate no município e em áreas adjacentes contarão com o apoio das Forças Armadas, que disponibilizaram aeronaves aptas a operarem em voos noturnos, além dos aviões da Brigada Militar e da Polícia Civil, que estão prontos para entrar em ação assim que as condições meteorológicas permitirem.
A Sala de Situação, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (Sema), alerta para a severidade da situação nos vales do Caí e Taquari, comparável aos alagamentos devastadores de novembro do ano passado. Nas próximas horas, o volume de chuvas deve continuar elevado, com previsões de até 300 milímetros em algumas áreas, mantendo todos os rios monitorados acima dos limites de alerta. A preocupação se estende aos municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, incluindo os rios Jacuí, Guaíba e Sinos, que também estão sob risco de transbordamento.
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