Número de casos aumentou em 342% referente aos meses de março e abril, com 260 novos casos. Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) criou um grupo de trabalho, formado por várias instituições da área de saúde, a fim de monitorar a doença e definir ações de controle e combate à infecção.
Valdo Leão/Semcom
De janeiro até o dia 30 de abril deste ano, o Amazonas registrou 336 casos de esporotricose humana, sendo 331 somente em Manaus. Não há óbitos relacionados à doença. Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).
Desde janeiro até 15 de fevereiro, foram notificados 108 casos de esporotricose humana. Destes, 76 foram confirmados e 21 estavam sob investigação. De lá para cá, o número de casos aumentou em 342% referente aos meses de março e abril, com 260 novos casos.
O informe epidemiológico do FVS divulgado na última terça-feira (30) aponta que, além de Manaus, o munícipio de Presidente Figueiredo registrou três casos da doença, seguido de Barcelos e Careiro, no interior do Amazonas, com um caso de esporotricose humana cada.
Causada por fungos, a infecção, geralmente, surge a partir de arranhões ou mordidas de animais infectados, que também são vítimas desse fungo, o Sporothrix brasiliensis. Este ano, os gatos são os maiores transmissores, com 80,1% do casos oriundos do contato com esse animal.
Aumento da doença desde 2022
Ao longo de 2022 e 2023, o Amazonas vem enfrentando um aumento significativo da doença. Em todo o ano de 2022, foram 245 registros confirmados pela doença. Já em 2023, com um aumento alarmante de 114%, o estado registrou 575 casos da doença em humanos.
Em Manaus, cerca de 75% da contaminação humana no ano passado ocorreu pelo contato com animais infectados, especialmente gatos, afetando pessoas com idade entre 20 a 59 anos. Os bairros de maior incidência de casos eram das Zonas Oeste e Sul de Manaus.
Entre os municípios do interior, Presidente Figueiredo foi o que apresentou maior número de casos, com 9 registros.
Em 2023, os meses de junho e agosto foram de maior incidência. As confirmações ocorreram durante as consultas, com exames laboratoriais realizados para confirmar a presença da esporotricose.
Como medida de enfrentamento à esporotricose humana e animal no Amazonas, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) criou um grupo de trabalho, formado por várias instituições da área de saúde, a fim de monitorar a doença e definir ações de controle e combate à infecção.
Esporotricose animal
De janeiro a abril, foram notificados 501 casos de esporotricose animal no Amazonas, sendo 319 confirmados e 195 em tratamento. Foram registradas 122 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais é gatos (96,2%), seguidos de cães (3,8%). Os animais envolvidos são, em maioria (70,1%), macho.
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