Mais um caso envolvendo o envio de pessoa em situação de rua, para Florianópolis, chegou ao conhecimento do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
Abdoulaye Maza Sylla, 32 anos, natural de Guiné, admitiu ter recebido uma passagem da Assistência Social do Rio de Janeiro, em direção à Capital de Santa Catarina.
Abdoulaye ainda revelou, ao ser questionado em abordagem feita pela Polícia Militar nesta quinta-feira (2), que não tem parentes na Grande Florianópolis.
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O MPSC, por meio da 30ª Promotoria que é quem cuida do tema, abriu um procedimento para apurar mais um caso com a mesma característica.
Prefeitura de Florianópolis
Apesar de todo o movimento da Prefeitura de Florianópolis, subsidiada pela lei de internação “humanizada”, a abordagem envolvendo o homem natural de Guiné foi realizado pela Polícia Militar.
Em tese esse trabalho é feito por assistentes sociais e técnicos da pasta onde a Guarda Municipal ou Polícia Militar presta o devido apoio em caso de necessidade.
Não há, no entanto, a informação do porquê da abordagem mais “ríspida” diante do homem que ainda revelou estar há duas semanas em Florianópolis.
A Prefeitura de Florianópolis, por meio de nota, reforça seu trabalho de abordagem e todo seu aparato, atualmente, para amenizar e oportunizar frente a presença de pessoas em situação de rua, na Capital.
O município não confirma, no entanto, qual o destino dado ao homem em questão.
Prefeitura do Rio de Janeiro
A Coluna Bom Dia, por email e por telefone, tentou o contato com a Secretaria de Assistência Social do Rio de Janeiro. Por email, a assessoria da pasta informou que “não existem registros de traslado do senhor Abdulaye Maza”.
A nota ainda sugere que o homem pode “ter sido assistido por equipes de outro município do Rio de Janeiro ou até mesmo de outro estado”.
No despacho assinado pelo Ministério Público, consta que a Assistência Social do Rio de Janeiro tem cinco dias para se manifestar sobre o caso, onde deve informar quais procedimentos adotados em caso de abordagem, e se houve algum contato prévio com a Capital Florianópolis, seja pela questão de emprego ou até mesmo de familiares na região.
Pessoas em Situação de Rua e o Ministério Público
Desde agosto de 2023, pelo menos, o Ministério Público vem trabalhando nos casos envolvendo envios de pessoas em situação de rua para Florianópolis.
De acordo com o promotor que cuida do tema, Daniel Paladino, cada procedimento recebe apuração própria, principalmente, por envolver diferentes municípios despachantes.
“Cada município despachante recebe processo e apuração própria, independente dos outros”, explicou.
O promotor ainda admitiu que prevê “mais chegadas” a Florianópolis já que há um aperto no trabalho de fiscalização tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Rodoviária Federal.