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Ações da Apple sobem após vendas caírem menos do que o esperado

Visitantes observam novos produtos da Apple durante evento da empresa em setembro de 2023, em Cupertino, Califórnia (Justin Sullivan/Getty Images)

As vendas da Apple caíram no último trimestre de forma menos acentuada do que se temia, ajudadas pela demanda mais forte do que o esperado na China, e gerando otimismo de que a desaceleração da empresa pode estar diminuindo.

A receita caiu 4,3%, para US$ 90,8 bilhões, no segundo trimestre fiscal, encerrado em 30 de março, informou a empresa em comunicado nesta quinta-feira (2). Isso se compara a uma estimativa média dos analistas de US$ 90,3 bilhões. O lucro no trimestre também superou as projeções de Wall Street.

A Apple também disse que espera retornar ao crescimento das vendas no trimestre atual, com a receita subindo na casa de um dígito, disse o diretor financeiro Luca Maestri a Emily Chang, da Bloomberg Television.

Os resultados foram um alívio para os investidores, que estão esperando que a fabricante do iPhone saia de uma longa crise. A Apple registrou quedas nas vendas em cinco dos últimos seis trimestres, afetada por vendas menores de smartphones e ventos contrários na China. A empresa alertou analistas em fevereiro que a receita no último trimestre cairia cerca de 5% em relação ao ano anterior.

As ações subiram cerca de 2% no final do pregão após a divulgação do relatório. A ação da Apple caiu 10% neste ano, para US$ 173,03, até o fechamento de quinta-feira.

O lucro foi de US$ 1,53 por ação no 2º trimestre, superando os US$ 1,50 estimados pelos analistas. A Apple aumentou seus dividendos em 4%, para 25 centavos de dólar por ação, em linha com as expectativas. E o conselho aprovou planos para recomprar mais US$ 110 bilhões em ações da empresa.

A falta de novos lançamentos de impacto contribuiu para a desaceleração das vendas da Apple, mas a empresa pretende começar a corrigir isso em 7 de maio, quando deve lançar novos iPads – as primeiras atualizações de sua linha de tablets em um ano e meio.

A empresa sediada em Cupertino, Califórnia, também planeja uma esperada investida na inteligência artificial (IA) generativa. Em junho, o CEO Tim Cook deverá apresentar a estratégia de IA da Apple na conferência anual de desenvolvedores promovida pela empresa.

A desaceleração da Apple na China tem sido motivo de especial preocupação para os investidores nos últimos meses. Os consumidores chineses estão migrando para marcas nacionais de smartphones, e o governo proibiu o uso de tecnologia estrangeira em alguns serviços públicos.

A empresa gerou US$ 16,4 bilhões em receitas na China no último trimestre. Embora esse número tenha caído em relação ao ano anterior, ele superou com folga os US$ 15,9 bilhões previstos pelos analistas.

A Apple não detalha as vendas de linhas de produtos individuais por região, mas analistas apontaram o iPhone como um ponto fraco na China. A Counterpoint Research estimou que as vendas do dispositivo despencaram 19% no país, no pior trimestre do produto desde 2020.

Isso alimentou um declínio mais amplo na demanda pelo iPhone. As remessas totais do dispositivo caíram quase 10% no trimestre terminado em março, de acordo com a IDC, marcando a queda mais acentuada desde que os bloqueios gerados pela Covid travaram as cadeias de abastecimento em 2022.

Ao mesmo tempo, a Apple não demonstrou que novas categorias de produtos possam revigorar seu crescimento. Em fevereiro, a companhia acabou com a divisão que desenvolvia um carro autônomo, eliminando um projeto que alguns esperavam que se pudesse tornar uma das famosas “próximas grandes novidades” da Apple.

A empresa entrou no mercado de aparelhos de realidade mista este ano, com a estreia do Vision Pro em 2 de fevereiro. Mas esse produto teve um início lento e pode levar anos até que ele contribua significativamente na receita da Apple.

O “carro-chefe” da empresa continua sendo o iPhone, que responde por cerca de metade das vendas da companhia. O smartphone gerou US$ 46 bilhões no 2º trimestre, superando as estimativas de US$ 45,8 bilhões. Esse foi um declínio acentuado em relação aos US$ 51,3 bilhões reportados pela Apple no mesmo trimestre do ano anterior – apesar de o modelo mais recente ter sido considerado uma atualização substancial.

A Apple planeja atualizar o iPhone neste ano, com telas um pouco maiores e novos chips focados em IA. Os modelos Pro também adicionarão um novo botão para registrar fotos e vídeos, mas, por outro lado, terão a mesma aparência das versões atuais.

© 2024 Bloomberg L.P.

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