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Japão vai construir uma barreira em frente ao Monte Fuji; entenda

Autoridades japonesas anunciaram planos que podem surpreender fotógrafos e turistas que acompanham de perto o Monte Fuji, em Fujikawaguchiko. Isso porque, em resposta às queixas locais, o plano é a construção de uma barreira de 2,5 metros de altura e 20 metros de comprimento para obstruir a visualização do monte.
Os amantes de natureza e fotografia costumam se encantar por Fujikawaguchiko, localizada na província de Yamanashi. Muito em virtude do ponto de vista privilegiado para o Monte Fuji.
No entanto, o comportamento inadequado de turistas na área gerou uma série de reclamações por parte de moradores e comerciantes locais. Isso culminou na decisão da construção de uma barreira visual.
Unida à paisagem do Monte Fuji existe a loja de conveniência Lawson. Esta junção causou alguns problemas com os turistas que buscam a foto perfeita. Eles foram acusados de estacionar ilegalmente, ignorar sinais de trânsito e até invadir propriedades, como o teto de uma clínica odontológica ao lado da loja.
A criação da barreira não é a única ação imposta para lidar com a popularidade do Monte Fuji. Com a temporada de verão, uma taxa aproximada de R$ 65 está sendo cobrada dos turistas que desejam ascender pela rota mais utilizada.
O Japão, atualmente, desfruta de um boom turístico após a pandemia de covid-19. O governo tem feito um esforço para atrair mais visitantes estrangeiros. Pela primeira vez, em março, o número de visitantes da nação insular ultrapassou os 3 milhões.
O congestionamento na rota até a montanha mais alta do Japão estava levando ao aumento de problemas. Além de muito lixo, que era deixado pela trilha e turistas tentavam fazer a rota vestidos inadequadamente, disseram as autoridades.
Em uma situação semelhante, em Quioto, em 2019, as autoridades locais passaram a distribuir folhetos e lanternas de papel em uma tentativa de lembrar aos turistas como se comportar no bairro histórico de Gion.
Além disso, foi estabelecido um limite de visitantes para prevenir excesso de tráfego e impactos ambientais no local. No Monte Fuji existem muitos outros pontos em Fujikawaguchiko e arredores que oferecem vistas estonteantes sem a necessidade de obstrução.
Outras alternativas incluem o Lago Kawaguchi e o Parque Chureito, que continuam abertos ao público e oferecem vistas panorâmicas sem obstruções da montanha.
Com isso, antes de viajar ao Monte Fuji, é aconselhável verificar as últimas atualizações e diretrizes. Algo importante para garantir uma experiência segura e agradável que respeite tanto a natureza quanto às comunidades locais.
O monte Fuji é a mais alta montanha da ilha de Honshu e de todo o arquipélago japonês. É um vulcão ativo, porém de baixo risco de erupção.
Assim, o monte Fuji localiza-se a oeste de Tóquio, próximo da costa do oceano Pacífico da ilha de Honshu, na fronteira entre as províncias de Shizuoka e de Yamanashi. Existem três pequenas cidades que envolvem o Monte Fuji, Gotemba a leste, Fuji-Yoshida a norte e Fujinomiya a sudoeste.
É um dos símbolos mais conhecidos do Japão, sendo frequentemente retratado em obras de arte e fotografias e recebendo muitas visitas de alpinistas turistas.
Foi formado aproximadamente há 100.000 anos atrás por constantes erupções vulcânicas e se tornou a maior montanha do Japão, com 3.776 metros de altura. A última erupção, em 1707, durou 16 dias, quando as cinzas vulcânicas alcançaram Tóquio.
O alto do monte tem sido considerado sagrado desde tempos antigos, tendo o seu acesso sido proibido a mulheres até à Era Meiji. Contudo, hoje em dia é um destino turístico popular, sobretudo para escalada.
Nele, há um cone vulcânico frequentemente nevado sendo uma figura importante da arte japonesa. O trabalho artístico que retratou esta montanha é conhecido como “36 vistas do monte Fuji”, do pintor de Ukiyo-e, Hokusai. Existem também inúmeras menções ao monte Fuji na literatura japonesa.
O Monte Fuji é o símbolo universal do Japão, seja no país ou no exterior. Grande parte de seu status pode ser atribuído às pinturas ukiyo-e em painéis de madeira, de Katsushika Hokusai (1760-1849) e Utagawa Hiroshige (1797-1858).
O local do Patrimônio Mundial Cultural reconhecido pela UNESCO compreende 25 áreas separadas, incluindo os Cinco Lagos de Fuji , o Santuário Sengen-jinja, Oshino Hakkai e o Pinheiral Miho-no-Matsubara
O sítio do Patrimônio Mundial também inclui trilhas especiais de peregrinação até a montanha, há muito tempo usadas pelos monges em busca de realização espiritual.
O monte é parte integrante do Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu, onde existem cinco lagos que o rodeiam. O Lago Kawaguchi que é o de mais fácil acesso, Yamanaka, Motosu e o Shoji. De todos estes locais se tem boa visibilidade para o Fuji-san, bem como do Lago Ashi, que fica nas proximidades.
Existem no Monte Fuji vários locais como as cavernas, a floresta Aokigahara e os santuários tradicionais. Atualmente, composto por aproximadamente 50% de lava basáltica, os cientistas identificaram três fases distintas da atividade vulcânica, que resultaram na formação do Fuji-san.
A primeira fase, denominada Sen-komitake, constituiu um núcleo de andesito descoberto recentemente nas profundezas da montanha. Além da Ko-Mitake, uma camada de basalto que se acredita ter-se formado há várias centenas de milhares de anos. Há cerca de 100.000 anos uma nova camada, a Ko-Fuji (Velha Fuji), formou-se sobre a Ko-Mitake,
A ladeira do Monte Fuji está cheia de santuários budistas, arcos torii e outros elementos da cultura nipônica. Existem oito picos, sendo o ponto mais alto do Japão. Ele tem um antigo edifício com um radar, todos acessíveis bastando aos visitantes circular em torno da cratera.
O Monte Fuji localiza-se num ponto de encontro da placa Euroasiática a Placa de Okhotsk e da Placa das Filipinas, sendo estas placas que formam as partes ocidental e oriental do Japão e a península de Izu, respetivamente.
A subida é definida por quatro caminhos principais. Desde a quinta estação (são dez, no total) até ao alto, a que se podem adicionar quatro outros caminhos desde o sopé da montanha.
Os caminhos desde a quinta estação são (no sentido dos ponteiros do relógio) o de Kawaguchiko, Subashiri, Gotemba e o de Fujiyomiya. Além disso, os caminhos desde o sopé da montanha são o de Shojiko, o de Yoshida, o de Suyama e o de Murayama.
A temperatura média mensal no alto do Fuji-san varia entre os -18 e os 8 °C para uma pressão atmosférica entre os 630 e os 650 mbar.
Para chegar ao Monte Fuji, o visitante pode viajar de carro até os acessos Kawaguchiko, Gotemba e Fuji. Também de ônibus, com o expresso desde Tóquio até Kawaguchiko e depois de apanhar um autocarro para o destino final. O trem segue sendo o meio de transporte mais adequado para a locomoção.
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