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Chuvas no Rio Grande do Sul: número de mortos sobe para 39 e 68 pessoas estão desaparecidas


O governo federal autorizou o envio da Força Nacional para ajudar nas operações de salvamento. Barragens estão na iminência de se romperem no estado e os danos das enchentes atingiram também Porto Alegre. Temporal no RS: estado soma 39 mortos e 68 desaparecidos
Nesta sexta-feira (3), o governo estadual do Rio Grande do Sul aumentou para 39 o número oficial de mortes provocadas pela chuva e ainda há 68 pessoas desaparecidas. Barragens estão na iminência de se romperem no estado e os danos das enchentes atingiram também Porto Alegre.
O caos chegou à capital do Rio Grande do Sul. O muro de concreto contém boa parte da cheia do Guaíba, mas comportas de ferro cederam e o sistema de esgoto devolve para o centro de Porto Alegre a água que não tem para onde escoar.
Moradores e comerciantes receberam a ordem de se retirar. De acordo com a Defesa Civil, o Rio Guaíba atingiu o maior nível em 83 anos.
“Estou apavorada, estou triste, sabe? Nunca vi a minha cidade assim”, lamentou moradora.
Cheia do Guaíba levou enchentes ao centro de Porto Alegre
JN
A enchente alcançou a Rodoviária e paralisou a operação do trem metropolitano.
O risco de choque com embarcações fechou a ponte móvel sobre o Guaíba. De manhã, dois rebocadores atingiram a ponte mais nova.
Na Região Metropolitana, motoristas ficaram ilhados em uma travessia e a cheia do Rio do Sinos interditou a ponte da BR-116 em São Leopoldo. O nível subiu tanto que o dique extravasou.
“A minha casa está toda cheia de água. Está pelo joelho, eu acho”, conta moradora.
Quatro barragens correm risco de ruptura e estão sendo monitoradas.
Uma ponte férrea desabou nesta sexta-feira (3) no Vale do Taquari. Por ela, passavam carregamentos de combustível e uma fibra ótica de comunicação.
A água que baixou na BR-386, entre Lajeado e Estrela, revela um cenário de terra arrasada. E o vão que se abriu na RS-130 mostra o isolamento de quem vive entre Lajeado e Arroio do Meio.
As autoridades têm dificuldades para se deslocar e levar ajuda a quem precisa. Com municípios isolados, moradores dizem que já não há mais combustível e que começa a faltar alimentos.
Água que baixou na BR-386, entre Lajeado e Estrela, revela um cenário de terra arrasada
JN
Já em Vera Cruz, eles conseguiram se organizar e, com trabalho voluntário, taparam a cabeceira que havia rompido na quarta-feira.
“A união de esforços em torno do bem comum realmente faz a diferença, né? Em poucas horas se conseguiu se restabelecer. Até ontem, o nosso município estava totalmente ilhado”, diz o lojista Frederico Bonnenberger.
Em outras cidades, como Forquetinha, o trabalho ainda está começando. Nesta sexta, o dia foi dedicado a uma grande operação de limpeza. Em uma escola, pais, professores e a comunidade uniram forças para limpar a lama trazida pela enchente.
“Não temos luz, não temos água, o que a gente tem é a força das pessoas aqui”, exalta um dos voluntários.
Família foi encontrada sobre um carro coberto de entulho em Bom Retiro do Sul
JN
Pela região, os resgates dramáticos continuam. Uma família foi encontrada sobre um carro coberto de entulho em Bom Retiro do Sul. Na mesma cidade, outra família foi salva de cima de um telhado.
“Falta meu sogro ainda e tem mais pessoas conhecidas também, que ainda não foram resgatadas”, contou mulher.
Na serra, as autoridades resgataram, nesta sexta, mais de 40 pessoas que estavam isoladas desde quarta-feira em um deslizamento de terra. A maioria precisou fazer uma trilha no meio da mata e outras 14 tinham fraturas e precisaram de deslocamento aéreo até o hospital.
O governo federal autorizou o envio da Força Nacional para ajudar nas operações de salvamento e resgate, e anunciou que vai instalada uma sala de emergência em Porto Alegre para coordenar o apoio às cidades afetadas no Rio Grande do Sul.
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