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Políticos perdem em média 19% do engajamento no Instagram em um ano

Em fevereiro deste ano, a Meta anunciou que iria parar de recomendar conteúdos políticos para não seguidores no Instagram. Adam Mosseri, chefe do Instagram, alertou que não seriam “encorajados” política e “Hard News” nas plataformas.

O impacto afetou drasticamente sites de notícias, páginas com conteúdo político e claro, a classe política. Para medir este impacto, organizei um levantamento de dados de todos os deputados federais. Os resultados são bastante interessantes.

A metodologia utilizada foi separar os meses de março e abril de 2023 e compará-los com os de 2024. Os resultados chamam a atenção. Os deputados receberam 19% menos reações nos meses de 2024 em comparação com 2023, mesmo que tenham crescido em média 25% em número de seguidores entre os dois períodos.

Estamos falando de 45 milhões de engajamentos a menos apenas nos dois primeiros meses de impacto das novas regras da Meta. Em matéria recente, o The Washington Post apontou que os 25 maiores jornais americanos perderam mais de 70% dos engajamentos entre 2022 e 2024.

Vale destacar que aqui estamos falando de reações (curtidas, comentários, compartilhamentos, salvamentos…), ou seja, o impacto é muito superior se pudéssemos analisar o número de impressões e reproduções de Reels, por exemplo.

Mesmo com a aproximação das eleições municipais, o contexto não é diferente para os prefeitos com redes mais engajadas do país. O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, saiu de 113 mil seguidores em abril de 2023 para 372 mil seguidores em 2024. Um crescimento de sua base de fãs de 229%, porém, quando olhamos para as reações, suas reações são apenas 23% superiores ao período analisado no ano passado.

A mesma desproporção acontece com JHC de Maceió e com Eduardo Paes do Rio de Janeiro. Paes cresceu 40%, enquanto suas reações cresceram apenas 19%.

Independente de mudanças e seus impactos, a Meta será em 2024 a principal plataforma de mídia social. Os gastos com publicidade política devem crescer em mais de 200% em 2024 em relação a 2020, destacando a importância da plataforma nas campanhas eleitorais.

A porta-voz da Meta argumenta que essas mudanças são em resposta ao feedback dos usuários, enfatizando o desejo de menos conteúdo político e mais controle sobre seus feeds. Essa mudança reflete uma tendência mais ampla de afastamento de notícias e política nas plataformas de mídia social, levantando questões sobre onde as pessoas buscarão informações no futuro.

Pesquisas sugerem que as mídias sociais desempenham um papel crucial em informar os usuários sobre eventos atuais e política, com a exposição não intencional a conteúdo político aumentando o conhecimento e a conscientização. No entanto, a diminuição do foco da Meta na política pode alterar essa dinâmica, exigindo uma reavaliação das estratégias de campanha.

Em resposta às políticas em evolução da Meta, as campanhas políticas estão explorando métodos alternativos para alcançar os eleitores online, como publicidade digital e mobilização popular. À medida que os usuários encontram menos notícias e conteúdo político em seus feeds, a importância dos anúncios de campanha pode se intensificar.

No entanto, as implicações mais amplas das mudanças da Meta em relação à política ainda estão por serem vistas, deixando políticos e eleitores navegando por um cenário digital em constante mudança para as próximas eleições.

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