• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Pastora Ana Paula Valadão é condenada pela Justiça por dizer que gays são culpados pela Aids


Em um vídeo, Ana Paula disse que a doença é o castigo para a união entre dois homens. Este é o segundo caso registrado nesta semana envolvendo a Igreja Batista da Lagoinha. Pastor e cantora Ana Paula Valadão
Reprodução/ Redes Sociais
A Justiça condenou a pastora Ana Paula Valadão por danos morais coletivos, após ter associado o surgimento da Aids à orientação sexual. O caso aconteceu em 2016, durante um culto, transmitido pela rede Super, TV ligada à Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte.
Enquanto pregava, a pastora disse que a homossexualidade não era algo normal, e que a Aids era o castigo para a união entre dois homens.
“Taí a Aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamina as mulheres, enfim…Não é o ideal de Deus”, afirmou a pastora durante o congresso.
Inquérito do MPF investiga Ana Paula Valadão após dizer que gays são culpados pela Aids
Aliança LGBTI+ aciona Justiça após pastora Ana Paula Valadão dizer que gays são culpados pela Aids
Em 2020, quando a fala viralizou nas redes sociais, a Aliança Nacional LGBTI+ decidiu entrar com um processo na Justiça contra a pastora da Igreja Batista da Lagoinha. Então, ela passou a ser investigada pelo Ministério Público Federal (MPF.)
No processo, a defesa de Ana Paula se manifestou afirmando que houve “exercício legítimo da liberdade de expressão religiosa” e que não houve discurso de ódio. Porém, em sua decisão, o juiz destacou que relacionar a causa de uma doença à orientação sexual das pessoas ultrapassa qualquer liberdade de expressão, além de ser preconceito.
“Externou opinião danosa, ultrapassado os limites da liberdade de expressão e religiosa, exatamente no trecho em que apontou a opção afetivo-sexual como origem da Aids”, informou.
Ainda, de acordo com o juiz, a fala da pastora não tem respaldo nem na bíblia e, muito menos, embasamento científico
Ana Paula Valadão e a TV ligada à Igreja Batista da Lagoinha, que transmitiu a pregação, foram condenadas a pagar 25 mil reais por danos morais coletivos. O valor deve ser depositado em um fundo apontado pelo Ministério Público voltado à defesa dos interesses da população LGBTIAP+.
A equipe de reportagem entrou em contato Igreja da Lagoinha e aguarda retorno.
Líderes religiosos polêmicos
Este é o segundo caso registrado nesta semana envolvendo a Igreja Batista da Lagoinha. Durante um culto na noite do dia 15 de abril deste ano, voltada para homens com o tema “paternidade”, o pastor Lucinho Barreto, um dos líderes religiosos da Lagoinha, afirmou que a filha é um “mulherão” (veja vídeo abaixo).
Pastor de BH afirma já ter beijado a própria filha na boca, durante culto
No evento, Lucinho estava acompanhado do filho Davi Barreto, que também é pastor.
“Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falei que amava ela. Ela passava e eu dizia: Nossa, que mulherão. Ai se eu te pego. Um dia ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. E eu falei assim: Quando eu encontrar seu namorado eu vou falar: Você é o segundo, eu já beijei”, disse o pastor durante o culto.
Após a grande repercussão, em um vídeo, ele afirmou que deu um beijo “inocente e puro”, com intuito de levantar a autoestima da filha.
“Não foi nada além disso, odeio tudo que tem a ver com pedofilia e abuso infantil”, disse o pastor nas redes.
Pastor Lucinho Barreto, da Igreja Batista da Lagoinha
Reprodução/YouTube
Pelas redes sociais, a filha do pastor, Emily Barreto, afirma que o vídeo foi tirado de contexto, mas não explica em qual circunstância a fala seria aceitável.
“Meu pai nunca fez nada comigo, absolutamente nada, ele sempre me deu um bom exemplo de figura paterna. Nunca aconteceu nada. Tiraram a fala de contexto”, afirmou.
Por nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) afirmou que a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em Belo Horizonte apura o caso. A reportagem também questionou a Igreja Batista da Lagoinha e aguarda retorno.
Polícia apura falas de pastor da igreja Lagoinha que disse em culto que já beijou a filha na boca
Pastor que afirmou ter beijado a filha na boca já se envolveu em polêmica após ‘cheirar’ Bíblia
Lucinho ‘cheira’ Bíblia
Lúcio Barreto Júnior esteve envolvido em outra polêmica, após publicar uma imagem “cheirando” a Bíblia em um convite para um culto de jovens. O caso aconteceu em 2012, em Vila Velha, no Espírito Santo.
Pastor Lucinho Barreto ficou famoso após divulgação de foto onde ‘cheira’ Bíblia
Camila Henriques/G1 AM
Nas redes sociais, a foto foi compartilhada por pessoas de diferentes religiões, algumas fazendo trocadilhos como “carreira gospel” e “ao pó voltarás”. Muitos cristãos criticaram a foto por entender que a imagem associa o Evangelho com o consumo de drogas. (veja foto acima)
Vídeos mais vistos no g1 Minas:
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.