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Senadores e deputados também são responsáveis por tragédia no RS, diz especialista

A tragédia no Rio Grande do Sul não é exclusivamente responsabilidade do governo estadual e federal, mas também do Congresso. Isso se deve ao fato de que as tragédias são resultado da falta de adaptação e de combate às mudanças climáticas. São duas áreas em que os Executivos precisam se esforçar mais, enquanto o Legislativo tem promovido ativamente retrocessos, de acordo com Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima (OC). As informações são da BBC NEWS BRASIL.

As fortes chuvas que têm atingido o Rio Grande do Sul, sendo as mais intensas registradas em território gaúcho em décadas, já provocaram dezenas de mortes, causaram estragos em 300 municípios, romperam uma barragem e desalojaram mais de 32 mil pessoas. Além disso, há mais de 60 pessoas desaparecidas, enquanto o mau tempo também está causando danos em outros estados do Sul.

“O conservadorismo predominante tem aprovado vários projetos considerados prejudiciais ao meio ambiente. Nunca tivemos um Congresso tão empenhado em desmantelar”, declara o especialista em políticas públicas que lidera o Observatório do Clima, uma rede de entidades dedicada ao monitoramento das questões climáticas no Brasil.

Além disso, de acordo com Astrini, ações restritas apenas às respostas de emergência em situações de crise não são adequadas. Eventos extremos, como este, cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas, não podem mais ser considerados “imprevisíveis”.

Embora nem sempre seja possível prever com precisão a intensidade de eventos extremos, já está claro que eles se tornarão mais frequentes — e quais medidas precisam ser tomadas para nos adaptarmos a eles, afirma o especialista.

Modelos climáticos têm previsto há décadas um aumento das chuvas extremas no sul da América do Sul, incluindo toda a bacia do Prata, formada pelos rios Paraná e Uruguai, lembra Astrini.

“O maior desafio que enfrentamos neste momento não é a previsão, mas sim a aceitação”, afirma Astrini. “Precisamos aceitar que, infelizmente, esse é o novo normal. No entanto, não basta apenas aceitar passivamente; é necessário aceitar e agir.”

“Anualmente, o governo do Rio Grande do Sul fica extremamente surpreso com a intensidade das chuvas. O governo do Rio de Janeiro também se surpreende quando ocorre em Petrópolis. Esta surpresa se estende a São Sebastião (SP), no norte de Minas Gerais, em Recife (PE) e no sul da Bahia. No entanto, há nove anos consecutivos que as médias de temperatura do planeta são as mais altas já registradas. Não há mais espaço para surpresas. É imperativo nos prepararmos para isso”, afirma.

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