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Entenda a relação da viagem de Lula com Lira e sucessão na Câmara dos Deputados

Lula decolou da Base Aérea de Brasília acompanhado da primeira-dama, Janja, de 13 ministros de seu governo, além do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do presidente do Senado ,Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e outras autoridades e desembarcaram em Canoas (RS) pouco antes das 11h deste domingo, 5. Até o momento, já morreram 75 pessoas e 101 estão desaparecidas devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul. A chuva começou no dia 26 de abril e ganhou força no dia 29. Mas, politicamente, o que significa essa viagem de Lula com Lira?

Embora a eleição para presidente da Câmara esteja marcada apenas para fevereiro de 2025, nos bastidores, os deputados já estão intensamente envolvidos em articulações e estratégias. Isso se deve ao fato de que o resultado dessa disputa terá um impacto significativo em seus futuros políticos, especialmente na campanha eleitoral de 2026. As alianças e decisões tomadas agora moldarão o cenário político futuro, influenciando diretamente nas posições e na força de cada parlamentar no âmbito legislativo e eleitoral.

Presidência da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira, está empenhado em eleger seu sucessor, e alguns nomes já estão sendo considerados. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), é apontado como o favorito de Lira, porém enfrenta resistência por parte do Palácio do Planalto. Enquanto isso, Marcos Pereira é considerado um nome mais aceitável do que o de Nascimento, mas encontra oposição de algumas lideranças do Centrão.

Outro candidato, o líder do PSD, Antonio Brito (BA), é visto como favorito entre os aliados de Lula, mas parece enfrentar dificuldades para angariar votos na Câmara. Em resumo, há espaço para diferentes cenários e estratégias, deixando um amplo campo de possibilidades para todos os lados. Em meio às movimentações para a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, o presidente Lula adotou uma postura que foi interpretada por alguns parlamentares como um gesto de aproximação ao deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos e candidato ao cargo.

No início deste mês, Lula convidou o parlamentar paulista para participar de uma cerimônia em homenagem ao Porto de Santos. Pereira, que anteriormente era um aliado próximo de Jair Bolsonaro, aceitou o convite e foi recebido com distinção: viajou para São Paulo no avião presidencial e, durante a viagem para Santos, foi acomodado na cabine do helicóptero, onde o presidente costuma viajar tanto na ida quanto na volta — um privilégio reservado a poucos.

Além de Lula e Pereira, estavam na cabine o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o da Casa Civil, Rui Costa, e o chefe de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ministros como o da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, e o de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ficaram na parte de trás da aeronave. Segundo relatos, a conversa entre o presidente e o deputado foi descontraída, abordando temas como futebol, investimentos do PAC e a regulamentação da reforma tributária.

O segundo preferido de Lira. Assim como Elmar, Hugo Motta (Republicanos-PB) é amigo pessoal de Lira. Foi o deputado mais jovem da história e fez carreira na Câmara: eleito em 2011 com 21 anos (idade mínima), aos 25 integrava a tropa de choque de Eduardo Cunha. Seria o segundo nome na preferência de Lira para a sucessão, mas há um entrave: Motta é do Republicanos, presidido por Marcos Pereira.

Danilo Forte (União-CE) também emerge como um provável sucessor do deputado Arthur Lira na presidência da Câmara. Sua posição como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é significativa, pois essa é uma das leis mais importantes e amplamente divulgadas do Congresso, delineando as direções do país para o ano seguinte. A escolha de Forte por Lira para essa função sugere uma possível continuidade de liderança e influência no cenário político da Câmara.

Lula diz que Padilha ‘briga com Lira’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou publicamente o atrito entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro Alexandre Padilha, dizendo que “parece” que eles estão em conflito. Lula destacou que, apesar disso, Padilha terá que trabalhar para unir as bancadas parlamentares e auxiliar na recuperação do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas.

As declarações foram feitas durante um pronunciamento em Porto Alegre, onde a comitiva sobrevoou áreas afetadas pelas chuvas, com a presença de Lira, Padilha e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O conflito entre Lira e Padilha teve origem em críticas mútuas, com Lira chamando Padilha de “incompetente”, enquanto Lula reconheceu as pressões sobre o ministro, mas expressou confiança em seu trabalho.

Tenho erros e acertos, não tenho problema de reconhecer o erro quando o faço. Já vinha apontando reservadamente ao governo, e ele sabe disso, que há alguns meses não funciona a articulação do governo — disse Lira, em entrevista ao programa “Conversa do Bial”.

  • Leia também: Governo propõe ministério a Lira em 2025

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