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Menos dívidas? 4 recursos de Open Finance e Pix vão mudar a gestão de suas finanças

Se em algum momento o consumidor sentiu falta de produtos derivados do Open Finance, ecosssistema de compartilhamento de dados, os novos recursos lançados recentemente somados ao Pix Automático podem começar a preencher essa sensação de vazio.

Em abril, foram lançadas as transferências inteligentes e o agendamento recorrente. Seguindo a agenda de inovação do Banco Central, em outubro, há a previsão de o Pix Automático começar a funcionar — o recurso promete substituir o débito automático.

“Cada vez mais o Open Finance se aproxima do consumidor. Foram pelo menos quatro anos de construção de infraestrutura e, até então, o impacto chegou aos players e menos ao cliente. Mas, aos poucos, isso pode ir se transformando e, daqui para frente, veremos serviços e produtos mais palpáveis”, avalia Ingrid Barth, especialista no tema e fundadora do banco Linker.

Casos de uso

Cada novo recurso promete facilitar a vida do cliente. A perspectiva é que mais casos de uso poderão surgir conforme as instituições forem aderindo e criando novas ofertas ao cliente. Por ora, confira o que se espera de cada nova solução já em vigor. Veja:

Transferências inteligentes

Esse recurso é o que deve oferecer o maior potencial de monetização e futuros produtos ao consumidor, na visão de Patricia Leal, diretora de inovação do Mercado Pago. “A transferência inteligente pode ser muito poderosa para a instituição, especialmente com os dados já compartilhados do cliente em mãos”, avaliou a diretora em encontro recente com jornalistas em São Paulo. Esse escopo de dados mencionado é referente à fase 2 do Open Finance, em que o cliente compartilha informações cadastrais e transacionais.

Felipe Soria, head de estratégia de negócios regulados do Mercado Pago, acrescenta que, para as empresas, o potencial também é enorme. “Imagine uma empresa média ou grande que tem 50 contas em diferentes bancos, por exemplo. Ela poderia gerenciar o dinheiro de um lugar só conciliando as transferências inteligentes. Isso depende da adaptação de processos e sistemas internos, mas é algo que tende a ocorrer no médio prazo”, afirmou Soria.

Situada na infraestrutura do Open Finance, a transferência inteligente vai permitir que o consumidor programe, de dentro do app do banco, transferências para contas de mesma titularidade e com valores fixos definidos por ele:

  • Poderá garantir que sua conta nunca fique negativa criando uma regra em que envia dinheiro toda vez que a mesma ficar zerada (isso pode prevenir uma dívida de cheque especial, por exemplo);
  • Poderá criar uma regra para reservar 30% do salário todo mês e enviar diretamente à conta da corretora para ser investida; e/ou
  • Poderá criar uma regra para depositar dinheiro de uma conta para outra com apenas um clique.

Agendamentos recorrentes

Os agendamentos recorrentes serão utilizados entre contas de titularidades diferentes, para pessoas físicas e jurídicas, com parcelas fixas e definidas pelo pagador com um limite de até 24 parcelas. Segundo os especialistas, serão utilizados, por exemplo, para:

  • Pagamentos de mesadas;
  • Pagamentos de serviços particulares como manicures, personal trainers e etc;
  • Doação de valores (como ajuda financeira de um filho aos pais); e/ou
  • Pagamento de parcelas em varejistas.

“Há uma expectativa de que o agendamento recorrente se consolide como essa ferramenta utilizada para solucionar pagamentos de serviços entre pessoas físicas

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Pix Automático

O Pix Automático irá funcionar nas duas infraestruturas de tecnologia: Pix e do Open Finance. A premissa é a mesma em ambos os casos: uma espécie de débito em conta automatizado. A diferença é que, no modelo do Open Finance, a jornada do usuário é feita com um iniciador de pagamento, empresa regulada pelo BC que inicia um pagamento ou transferência fora do ambiente do banco.

Os dois modelos de Pix Automático realmente são bem similares, o que vai diferenciar um do outro é a jornada do cliente – que será a do Pix no primeiro caso, e a do iniciador de pagamento no segundo – e também será influenciada pelo recebedor da transação.

Pix Automático: escopo Pix

No caso primeiro caso, o recurso servirá para pagamentos sucessivos de serviços recorrentes, com valores definidos pelo recebedor, que provavelmente será a empresa de telefone ou luz, e podem ser fixos ou variáveis. Mas o valor da transação deve estar dentro dos limites do Pix estabelecidos pelo usuário pagador no banco onde possui conta. Será utilizado principalmente para:

  • Pagamento de contas de água, luz, telefone, etc (as empresas que ofertam esses serviços não costumam ser participantes do Open Finance, o que deve tornar esse caso de uso mais comum nesse modelo de Pix Automático);
  • Pagamentos por assinatura, como carros;
  • Mensalidades.

Pix Automático: Open Finance

No Pix Automático com Open Finance também serão feitos pagamentos sucessivos de serviços recorrentes, e os valores são definidos pelo recebedor e podem ser fixos ou variáveis. Deve ser utilizado para:

  • Pagamentos de streamings;
  • Mensalidades de escolas, academias, etc.

Confira algumas das definições dos quatro lançamentos de 2024:

(Leo Albertino/IM)

Custo zero para Pessoa Física

O consumidor pessoa física não será cobrado pela utilização dos novos serviços, assim como já funciona no Pix e em outros recursos do Open Finance. As empresas, por outro lado, podem ter que pagar para consumir os produtos, a depender das ofertas de cada instituição financeira.

Nível de segurança mantido

Os lançamentos de recursos levantam outra questão: utilizar esses produtos será seguro? Cada vez mais o consumidor poderá optar por compartilhar informações em troca de benefícios, mas também quer garantia de que seus dados sejam preservados.

“Todas as quatro soluções têm as mesmas camadas de segurança que o Open Finance e o Pix possuem. Até agora não tivemos problema em nenhuma camada de segurança do ecossistema ou do Pix. O problema está na engenharia social”, avalia Felipe Soria, head de estratégia de negócios regulados do Mercado Pago.

Ele explica que na transferência inteligente – por só permitir envio para contas da mesma titularidade – a tendência é ter um nível baixo de problemas relacionados com a engenharia social. “É preciso autorizar a programação escolhida nas duas pontas”, afirma o executivo.

O agendamento recorrente é passível de cancelamento a qualquer momento depois de ter optado por ele. “Então, se uma pessoa mal-intencionada define um agendamento, a vítima poderá desfazê-lo”, acrescenta Soria. Ainda, no caso do Pix Automático, Soria entende que o usuário vai ativar a solução ao fazer pagamento para empresas que ele confia. “Tem a reputação da empresa que está ofertando a solução e a confiança do cliente, além de toda camada de segurança do Pix”, defende.

Para todos os casos, o MED (mecanismo especial de devolução) vai funcionar, segundo Soria. Esse sistema foi criado em 2021 com o objetivo de ampliar a proteção ao usuário e funciona para uma série de casos, como golpes e engenharia social.

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