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Ex-donos do Kabum atacam saída de CEO do Magalu do conselho do Itaú

Os ex-donos do Kabum, os irmãos Leandro e Thiago Ramos (foto em destaque) protocolaram uma nova petição na Justiça, solicitando que o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, e executivos do Itaú BBA, notadamente, Ubiratan Machado, sejam inquiridos. 

Com a medida, eles querem esclarecer as circunstâncias em que se deu a saída de Trajano do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, confirmada na terça-feira (23/4). Para os Ramos, segundo a petição à qual o Metrópoles teve acesso, ela está relacionada à repercussão dos problemas envolvendo a compra do Kabum por parte do Magalu, em junho de 2021.

Os fundadores do Kabum questionam o negócio na Justiça desde o início de 2022. No processo, alegam que a venda do Kabum foi comprometida por um conflito de interesses existente entre o Magalu e o Itaú BBA. Eles dizem que descobriram, por meio de uma investigação privada, que Frederico Trajano, o CEO da varejista, é cunhado de Ubiratan Machado, executivo do banco e um dos principais responsáveis por intermediar a transação entre as duas partes. Além disso, alegam que ambos mantém uma relação de amizade.

Os Ramos, na peça inicial encaminhada aos tribunais, afirmaram que nunca foram informados sobre essa proximidade entre Trajano e Machado. E a partir dela, ainda na opinião dos dois irmãos, o Itaú BBA teria “manobrado para que propostas ou negociações com outros interessados fossem sabotadas, minadas ou abandonadas”.

“Ampla frente de litígios”

Assim, afirmam na última petição encaminhada à Justiça: “Não parece coincidência, portanto, que, logo após a instauração de uma ampla frente de litígios entre as partes, em que a íntima relação entre Frederico Trajano e Ubiratan Machado foi descortinada, o banco tenha optado por não reconduzir Frederico Trajano ao assento que ele vinha ocupando no Conselho de Administração do Itaú Unibanco S/A desde 2020”.

Resposta do Itaú

Consultado pelo Metrópoles, o banco informou por meio de nota que a “saída de Frederico Trajano do Conselho de Administração do Itaú Unibanco se deu por decisão do executivo, após importantes contribuições como membro independente, desde 2020. Trata-se de um movimento usual de qualquer Conselho de Administração.” O Magalu informou que não iria se manifestar sobre o assunto.

Pós-venda tumultuado

Em junho de 2021, o Kabum foi vendido para o Magalu por R$ 3,1 bilhões. Os ex-donos do site, um dos maiores da América Latina no segmento de tecnologia e games, afirmam que, na prática, receberam R$ 1 bilhão em dinheiro à vista. 

Os R$ 2,5 bilhões restantes foram pagos em ações que ficaram “travadas” por muito tempo após a conclusão do negócio e os papéis se desvalorizaram 86% nos 18 meses seguintes à operação. Em julho do ano passado, os Ramos acionaram a Câmara de Comércio Brasil-Canadá para pedir a abertura de um processo de arbitragem contra a varejista. Eles querem desfazer o negócio bilionário.

Ao longo de todos os capítulos da disputa, no entanto, o Itaú BBA e o Magalu contestaram as alegações dos ex-donos do site.

 

 

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