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Porto Alegre: prefeitura decreta racionamento e 85% da população está sem água

Veículo do Exército auxilia no resgate em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (6). — Foto: Diego Vara/Reuters

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), determinou nesta segunda-feira (6) o racionamento de água na cidade. Após a interrupção de uma estação de tratamento durante a tarde, cerca de 85% da população está sem abastecimento de água pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde 29 de abril já causaram 85 mortes.

Das seis estações de tratamento do departamento, cinco estão fora de operação. A única estação ativa é a ETA Belém Novo, que está funcionando com capacidade reduzida:

ETA Belém Novo: segue em funcionamento, com a capacidade reduzida.

ETA Menino Deus (alagada, teve a energia desligada) – bairros afetados: Agronomia, Alto Teresópolis, Aparício Borges, Azenha, Assunção, Belém Velho, Camaquã, Cavalhada, Centro, Cidade Baixa, Cristal, Intercap, Jardim Botânico, Jardim Carvalho, Jardim do Salso, Jardim Europa, Medianeira, Menino Deus, Nonoai, Partenon, Parque Charruas, Petrópolis , Praia de Belas, Santana, Santa Tereza , São Jorge, São José , Santo Antônio, Tristeza, Vila Campo da Tuca, Vila Conceição, Vila dos Comerciários, Vila dos Sargentos, Vila Alto Erechim, Vila João Pessoa, Vila Nova e Vila Topázio.

ETA Moinhos de Vento (alagada) – bairros afetados: Auxiliadora, Azenha, Bela Vista, Bom Fim, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha, Floresta, Independência, Jardim Botânico, Menino Deus, Moinhos de Vento, Mont Serrat, Partenon, Petrópolis, Praia de Belas, Rio Branco, Santa Cecília, Santana, São João e Três Figueiras

ETA Tristeza (alagada) – bairros afetados: Ipanema, Pedra Redonda, Guarujá, Jardim Isabel, Espírito Santo, Praça Moema, Vila dos Sargentos, Serraria, Parque Bahamas e Jardim Verde Ipanema.

ETA São João (alagada) – bairros afetados: Jardim Planalto, Passo das Pedras, Costa e Silva, Parque Santa Fé, Chácara das Pedras, Três Figueiras, Rubem Berta, Protásio Alves, Loteamento Timbaúva, Jardim Leopoldina, Jardim Ipu, Alto Petrópolis, Mário Quintana, Chácara da Fumaça, Vila Safira, Sarandi, Morro Santana, Jardim Itu, Jardim Sabará, Cristo Redentor, Passo da Areia, Jardim Lindoia, Boa Vista, Vila Ipiranga, Vila Floresta, São Sebastião, Anchieta, Auxiliadora, Higienópolis, Humaitá, São Pedro, Navegantes, São Geraldo, São João e Vila Farrapos.

ETA Ilhas – bairros afetados: Arquipélago.

Inundação chega ao Mercado Público de Porto Alegre em maio de 2024 — Foto: César Lopes/PMPA

A decisão do governo municipal, publicada no Diário Oficial de Porto Alegre, estabelece que a água fornecida pelo município deve ser usada exclusivamente para “abastecimento” e “consumo essencial”.

O decreto especifica que, nessa situação, atividades como lavar carros, calçadas, fachadas, regar jardins, bem como procedimentos em salões de beleza, clínicas estéticas, academias e pet shops devem ser evitadas para conservar a água.

“Estamos vivendo um desastre natural sem precedentes em Porto Alegre e no Rio Grande, e todos precisam contribuir”, disse Melo. “O desabastecimento é real e vai levar tempo até ser retomado com regularidade. Estamos buscando alternativas em diferentes frentes, mas a consciência de cada cidadão é decisiva para não piorar o cenário”.

Mais cedo, Melo informou que caminhões-pipa irão fornecer água em locais estratégicos da capital.

“Não tem água suficiente estocada. O estoque de água no Rio Grande do Sul diminuiu muito”, afirmou. “Vou botar o caminhão num campo de futebol de várzea, as pessoas vão lá buscar água e também levar suas bombonas, levar suas garrafas porque eu não tenho condições de passar de casa em casa”.

Ainda no sábado (6), Melo solicitou à população que economizasse água em entrevista à RBS TV. Na ocasião, ele explicou que, devido ao nível muito alto do Guaíba, não era possível operar as bombas das estações, pois elas correriam o risco de queimar.

Tempestades no RS

As chuvas que têm afetado o Rio Grande do Sul desde 29 de abril já causaram a morte de 85 pessoas, com 134 desaparecidas. Outros quatro falecimentos estão sendo investigados. 385 dos 497 municípios do estado registraram algum tipo de problema, impactando 1,178 milhão de pessoas, conforme a Defesa Civil. 201,5 mil pessoas estão deslocadas – 47,6 mil em abrigos e 153,8 mil alojadas com familiares ou amigos.

Em consequência, o estado declarou estado de emergência, mobilizando autoridades de Brasília ao Rio Grande do Sul. Com a medida, o estado pode solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.

Na capital, as principais rotas de acesso e saída estão interditadas. Além disso, o Aeroporto Salgado Filho está fechado por tempo indeterminado, assim como a Rodoviária de Porto Alegre.

Os temporais são resultado de, pelo menos, três fenômenos, segundo meteorologistas: correntes intensas de vento, um corredor de umidade vindo da Amazônia, que intensifica a chuva, e um bloqueio atmosférico provocado por ondas de calor.

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