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Risco Argentina cai 40%, bolsa sobe 40% e dólar dispara 141%: o início do governo Milei

Desde que Javier Milei (La Libertad Avanza) assumiu o governo da Argentina, em dezembro do ano passado, o risco-país recuou mais de 1,6 mil pontos — ou 38,4%.

No último dia útil antes da posse, em 8 de dezembro, o Credit Default Swap (CDS), que funciona como uma espécie de seguro contra calote da dívida, bateu 4.280 pontos. Já no último dia de abril, o índice havia recuado para 2.634 pontos, conforme dados levantados pela Guide Investimentos.

Também chamado de swap de crédito, o CDS é um derivativo que permite a um investidor trocar seu risco de crédito com o de outro investidor. Se há um aumento na demanda por esses contratos desse tipo no mercado financeiro, significa aumento da percepção de calote naquele mercado, ou seja do risco-país.

Já o índice S&P Merval — referência da bolsa de valores Argentina — disparou mais de 40% no período, chegando aos 1.323,585 pontos ao fim do mês passado.

A valorização d principal índice do mercado argentino é vista em uma constante desde meados do ano passado, com primeiro pico ao fim de agosto, após a confirmação da vitória de Mieli nas Primárias abertas, simultâneas e obrigatórias (Paso, na sigla em espanhol), que definem os candidatos aos cargos eletivos de cada partido para disputar as eleições gerais.

Na mesma linha, o dólar também disparou durante a gestão de Milei, impulsionado principalmente pela estratégia de desvalorização do peso pela nova equipe econômica.

A divisa norte-americana subiu quase 141%, saltando de 363,70 pesos no fechamento de 8 de dezembro do ano passado para 876,50 pesos no último dia de negociações de abril.

A desvalorização de quase 50% do câmbio faz parte da estratégia de Milei que prometeu acabar com as amarras e preços artificiais da economia — entre eles, o câmbio que era controlado artificialmente pelo governo.

Após a perda abrupta de valor do peso, as cotações passaram a indicar alguma estabilidade do câmbio, favorecendo o controle da inflação. O índice de preços ao consumidor da Argentina caiu para 11% em março, ante alta de 13,2% em fevereiro, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC, na sigla em espanhol).

Foi o terceiro mês seguido de queda após a variação mensal ter alcançado 25,5% em dezembro.

Nos últimos 12 meses, porém, o indicador manteve trajetória de alta e bateu 287,9%, o maior valor em décadas.

A queda dos preços, porém, também reflete a desaceleração das atividades econômicas diante do aumento abaixo da inflação de pensões, aposentadorias e salários de serviços públicos como mais uma estratégia de Milei para tirar as contas do país do vermelho.

O supervávit fiscal encerrou março no campo positivo pelo terceiro mês seguido, totalizando 275 bilhões de pesos. O resultado fez a Argentina fechar um trimestre com saldo positivo pela primeira vez desde 2008, também como reflexo da estratégia de reajustes dos gastos abaixo da inflação.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Risco Argentina cai 40%, bolsa sobe 40% e dólar dispara 141%: o início do governo Milei no site CNN Brasil.

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