O julgamento criminal de Donald Trump pela suposta manipulação indevida de documentos confidenciais foi adiado indefinidamente, uma decisão que representa um golpe nos esforços do Departamento de Justiça dos EUA para obter um veredito do júri antes das eleições presidenciais de novembro.
A juíza distrital dos EUA, Aileen Cannon, que preside o processo criminal na Flórida, definiu um novo cronograma para recursos no caso, anunciando que a data do julgamento, marcada para 20 de maio, será adiada indefinidamente.
Numa decisão publicada nesta terça-feira (7), Cannon disse que estabelecer uma nova data de julgamento neste momento “seria imprudente e inconsistente com o dever do tribunal de considerar completa e justa os vários recursos pendentes de pré-julgamento perante o tribunal”.
A decisão representa uma vitória significativa para Trump, o virtual candidato republicano, que enfrenta quatro processos criminais e tenta evitar ter de passar por vários julgamentos antes das eleições. Trump está sendo julgado em Nova York pela acusação de ter falsificado registros comerciais para ocultar pagamentos a uma atriz pornô antes das eleições presidenciais de 2016.
As notícias do adiamento indefinido do julgamento na Florida, além da incerteza sobre as datas de dois casos sobre interferência eleitoral em Washington e na Geórgia, aumentam os riscos do julgamento em curso em Nova York.
O novo cronograma de Cannon começa com uma audiência nesta semana, sobre questões do júri, e vai até 22 de julho, quando será realizada uma audiência sobre o potencial uso de informações confidenciais durante um julgamento.
“O tribunal considera que os fins de Justiça atendidos por esta continuação, até o último prazo especificado nesta ordem, 22 de julho de 2024, atendem o melhor interesse do público e dos réus em um julgamento rápido”, escreveu Cannon.
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