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Falsa ONG usava moradores de rua para lucrar e obter vantagens financeiras no Amazonas

A Polícia Civil do Amazonas, por meio do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), deflagrou nesta terça-feira (7) uma operação que desarticulou uma ONG chamada “Pai Resgatando Vidas” que, segundo a polícia, utlizou da vulnerabilidade de moradores de rua para obter doações e vantagens financeiras.

Entre os anos de 2019 e 2024, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 20 milhões.

A operação batizada de “O Pai tá Off”, que resultou na prisão de Cid Marcos Bastos Reis Maia, 49, líder da organização criminosa, e seu filho, Wilson Garcia Bastos Bisneto, 21, contou com o apoio dos Departamentos de Polícia Metropolitana (DPM) e do Interior (DPI).

As prisões ocorreram no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus.

Além dos suspeitos, os agentes também apreenderam diversos objetos que estavam com os criminosos.

Investigações

Segundo o delegado Marcelo Martins, titular do 24° DIP, as investigações revelaram que os autores criaram a ONG visando utilizar a imagem e a situação de vulnerabilidade de moradores de rua para obter doações e vantagens financeiras, que ao invés de serem revertidas em benefício dos vulneráveis, eram desviadas para o benefício próprio dos autores.

Ainda segundo Martins, a investigação revelou a ausência de qualquer tipo de prestação de contas ou de transparência financeira, ficando claro que pouco dos recursos doados foram realmente destinados aos beneficiários do projeto.

As investigações também indicaram a prática de crimes, em especial lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

“O Pai tá Off”

O nome da operação faz referência à expressão “O pai tá On”, utilizada pelo líder do grupo, que se denominava “Pai Marcos Bastos”.

Oito mandados de prisão foram decretados pela Justiça para os membros do grupo, composto pela mãe, irmã, sobrinhos e filho adotivo.

Todos são da mesma família, porém somente Cid Marcos e Wilson foram presos, os demais estão foragidos e as diligências seguem para capturá-los.

“Diante das provas reunidas, a Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos, a busca e apreensão de bens e o sequestro de aproximadamente 30 veículos, 4 embarcações e 2 imóveis. Todos esses bens foram obtidos com recursos provenientes da organização criminosa”, declarou o delegado.

Uma decisão judicial determinou o bloqueio das redes sociais utilizadas pela ONG, devido ao uso com má-fé, ou seja, serviam para obter doações de pessoas de outros estados e países, como Bélgica, Alemanha, França e Irlanda, que doaram valores em euros para a organização.

Cid Marcos e Wilson, além dos outros membros foragidos, responderão por organização criminosa, estelionato, maus-tratos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Falsa ONG usava moradores de rua para lucrar e obter vantagens financeiras no Amazonas no site CNN Brasil.

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