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Celular ‘resetado’, namoro e dívida: família de trans assassinada revela como era o relacionamento dela com o principal suspeito do crime


Cássia Vieira, de 45 anos, foi morta com nove facadas dentro da própria casa e ex-namorado dela é o principal suspeito do crime. Ela foi encontrada morta no domingo (5), mas segundo a PM, o assassinato ocorreu na quinta (2). Cássia Vieira trabalhava como cabeleireira
Reprodução/Arquivo pessoal
Encontrada morta dentro da própria casa no domingo (5), Cássia Vieira, de 45 anos, teve um relacionamento de cerca de 1 ano com o principal suspeito do crime, segundo a família dela. Ela morreu devido a ferimentos por instrumento perfurante no Bairro Martins, em Uberlândia, na quinta-feira (2).
Conforme os familiares, a vítima era uma mulher reservada. Cássia trabalhava como cabeleireira e realizava atendimentos em casa para pessoas da alta sociedade da cidade.
No relacionamento, o ex-namorado passava dias na casa dela e, inclusive, deixava roupas no imóvel.
Aos familiares, Cássia dizia que a relação entre eles era boa. No entanto, amigos contaram que por diversas vezes a aconselharam a terminar o relacionamento devido às brigas e agressões.
A vítima também emprestava dinheiro ao suspeito constante e comprava coisas para ele. A dívida dele com a vítima chegou a R$ 1.500, que Cássia pediu que ele pagasse.
Há cerca de 1 mês, o homem contou à mulher que era casado.
“Ela o amava, pediu para que ele terminasse o casamento para que pudessem ficar juntos”, disse uma sobrinha de Cássia, que preferiu não se identificar.
Ainda de acordo com a família, como o suspeito decidiu manter o casamento, Cássia resolveu terminar o relacionamento, diferente do que o homem afirmou à PM ao dizer que o responsável pelo término era ele. Desde o fim da relação, a mulher pedia para que o ex-namorado pagasse a dívida.
Dias antes do crime, o homem conversou com a mãe da vítima por chamada de vídeo no WhatsApp e prometeu que conversaria pessoalmente com Cássia e pagaria a dívida.
“Ele tinha cara de bonzinho, jamais imaginaria que ele faria algo assim”, afirmou a sobrinha.
“Eu não acho que ele tenha a matado só por causa da dívida. É muita raiva envolvida. Se ele iria lá só para conversar, por que levou um canivete? Acho inclusive que ele tenha algum preconceito por ela ser uma mulher trans, a relação deles era só dentro de casa”, disse a sobrinha.
Quem era Cássia Vieira, a mulher trans morta no Bairro Martins, em Uberlândia
Ex-namorado é preso suspeito de matar mulher trans no Bairro Martins, em Uberlândia
Preso suspeito de matar ex-namorada a facadas dentro de apartamento em Uberlândia
O crime
Segundo o Conselho Popular LGBTQIA+ de Uberlândia, desde 2019 não havia nenhuma notificação de assassinato de pessoas trans na cidade.
Os vizinhos acionaram a PM porque não viam a Cássia há três dias. Eles não escutavam movimentação na residência, mas os aparelhos eletrônicos estavam ligados e a casa aberta.
Cássia Vieira foi morta em casa, no Bairro Martins
Redes Sociais
Ao apurar a denúncia, os militares sentiram um forte odor e encontraram o corpo da mulher no quarto, com sangue já seco, marcas de agressão e com nove perfurações.
A perícia da Polícia Civil constatou que os ferimentos foram provocados por um instrumento perfurante. Em seguida, o corpo foi levado para a funerária.
A arma usada no crime não foi encontrada e o celular da vítima foi resetado pelo suspeito e deixado em cima da cama.
“Ela estava irreconhecível. Iremos tentar recuperar o conteúdo do celular porque lá estavam as mensagens que eles trocavam”.
Na segunda-feira (6), o suspeito de 27 anos foi preso. De acordo com a PM, ele confessou o crime e disse que ela não aceitou o fim da relação e o ameaçava.
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