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Febre do Oropouche: saiba tudo sobre a doença transmitida pelo maruim

Recém-chegada em Santa Catarina, a Febre do Oropouche, doença transmitida pelo maruim, já infectou pelo menos 10 pessoas. Os casos foram registrados nas cidades de Luiz Alves, Botuverá e Brusque, no Vale do Itajaí.

Apesar de ter histórico em regiões mais afastadas do estado, como a amazônica, todos os casos registrados em Santa Catarina são de pessoas que não viajaram nos últimos dias. O fato acende um alerta à população e reverbera muitas perguntas sobre a doença até então desconhecida.

Picada do Maruim pode causar dor, urticária e vermelhidão – Foto: Reprodução/NDTV

Para responder a essas questões, o Portal ND Mais falou com o médico infectologista Pablo Sebastian, coordenador do curso de Medicina da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).

Transmissão e sintomas

Dr. Pablo explica que o maruim é atraído pela matéria orgânica, que é presente principalmente em plantações de banana, como no caso de Luiz Alves. Por isso a presença de casos da doença em cidades com espaços rurais.

“A transmissão dessa doença se dá preferencialmente em ambiente rural pelo maruim, mas outros mosquitos podem estar envolvidos na transmissão, principalmente no ambiente urbano, onde o Cullex, que é o mosquito mais frequente, pode ser responsável pela sua transmissão”, explica.

Febre e dor de cabeça estão entre os sintomas da Febre do Oropouche – Foto: Reprodução/Freepik/ND

O médico conta que os sintomas são muito parecidos com os de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue e chikungunya. Entre eles: febre repentina, dor de cabeça, dores no corpo (muscular e articular) e tontura. “Clinicamente é muito difícil fazer distinção entre elas”, completa Dr. Pablo.

Em nota sobre a atualização dos casos, o Governo de Santa Catarina informou que não há tratamento específico para a Febre do Oropouche. A recomendação para os infectados é manter o repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da rede municipal de saúde.

Letalidade

Apesar de ter sintomas parecidos com os da dengue, a preocupação em relação a agravos da Febre do Oropouche que possam levar o infectado a óbito ainda é pequena.

“Até o momento não se tem uma letalidade reconhecida por essa doença. Ela pode sim, em seus casos de maior gravidade, causar encefalite, que é uma inflamação do sistema nervoso central, mas não é uma questão de grande comprometimento com a saúde que acabe levando à morte como nós estamos preocupados agora com o aumento de números de casos da dengue”, esclarece.

Prevenção

De acordo com o infectologista, ainda não há um repelente comercializado ou inseticidas com propriedades específicas para o combate ao maruim. Porém, existem outras formas de prevenir a doença.

Ainda não há repelente comercializado que combata o mosquito – Foto: pixabay

“A primeira coisa é evitar sua proliferação contendo o acúmulo de matéria orgânica, que favorece a sua multiplicação. Para isso, é importante manter os quintais limpos e ter cuidado com os animais de criação que possam acumular essa matéria”, diz Dr. Pablo.

“Quando em alguma dessas áreas com maiores índices da presença do maruim, a recomendação é utilizar roupas compridas para evitar o contato com a pele”, finaliza o médico.

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