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Jovem ordenou massacres no Brasil a partir de cidades pacatas de Portugal

 

Um estudante português de 17 anos ordenava crimes de ódio no Brasil a partir de duas cidades próximas ao Porto, em Portugal. Um deles tirou a vida da estudante paulista Giovanna Bezerra, também de 17 anos.

Simpatizante e disseminador das ideias nazistas, como foi apurado pelos agentes da Polícia Judiciária (PJ), o português dividia seu tempo entre as tranquilas cidades de Santa Maria da Feira e Gondomar. E a sua prisão na última semana chocou a população dos municípios.

A Feira é conhecida pela realização anual da Feira Medieval, um festival de reconstrução minuciosa da época. Gondomar ficou famosa pelas praias fluviais e pela produção de jóias. Os pais eram separados e ele passava uma semana em cada cidade, mas foi detido na Feira.

Além de alternar cidades, trocava de perfis e identidades na plataforma Discord, de onde comandaria quatro massacres no Brasil. Apesar da movimentação dificultar o trabalho policial, três deles foram impedidos: seriam em escolas brasileiras e contra um mendigo. O plano era filmar e transmitir na plataforma.

“A investigação (…) contou com a colaboração da Polícia Federal. Foi iniciada com caráter de urgência, tendo em conta a gravidade das suspeitas. Visou conhecer e identificar a atividade on-line do detido, um português que promovia o nazismo, incitando comportamentos extremistas”, informou a PJ em comunicado.

A Justiça manteve a prisão preventiva. Ele poderá ser julgado por homicídio e outros 11 crimes. É apontado como autor intelectual do assassinato de Giovanna Bezerra, morta durante ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo, em outubro de 2023.

“Através de ideias violentas e extremistas, dava conselhos quanto ao modus operandi (…) na preparação e prática dos crimes. Foi na sequência destes comportamentos que veio o ataque com um revólver calibre 38 numa escola de Sapopemba resultando na morte de uma jovem de 17 anos”, disse a PJ.

Bezerra foi baleada na cabeça por um jovem de 16 anos. O assassino teria usado a arma legal do pai para cometer o crime planejado pelo adolescente português simpatizante do nazismo.

Fonte: O Globo

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