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Alunos acampam na USP para protestar contra ofensiva de Israel em Gaza

Acampamento pró-Palestina na FFLCHDivulgação

Estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) montaram, nesta terça-feira (7), um acampamento dentro da instituição em defesa do povo palestino e para protestar contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

De acordo com dados dos organizadores, são cerca de 20 barracas, que comportam aproximadamente 50 estudantes. A estrutura foi montada entre os prédios de História e Geografia da universidade.

O ato realizado na USP é organizado e liderado pelo comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palesitno (ESPP), e tem como inspiração os protestos organizados pelos alunos de universidades norte-americanas e europeias, que também montaram acampamentos nas instituições.

Além de pedirem pelo fim da guerra em Gaza, os manifestantes da USP reinvidicam o rompimento dos convênios da instituição com entidades acadêmicas israelenses. São sete parcerias que, segundo os alunos, têm a produção científica e tecnológica voltada para objetivos militares, que endossam o ataque ao povo palestino.

O movimento é apoiado por sindicados, como Metroviários, Sindicato dos Servidores Federais e o Sindusp, além de de partidos políticos a partir de coletivos de juventude.

O que diz a USP

A reportagem entrou em contato com a USP e aguarda resposta.

Abaixo-assinado

Por meio da plataforma change.org, os estudantes da USP criaram um abaixo-assinado para reivindicar “cessar-fogo imediato, a liberdade dos presos políticos palestinos (muitos deles crianças) e a imediata ruptura de relações diplomáticas, econômicas e acadêmicas com o regime de Apartheid e limpeza étnica de Israel”.

Até o momento, o abaixo-assinado tem 750 apoiadores.

Apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE)

Um desses coletivos é a União Nacional dos Estudantes (UNE), que está presente no ato. Em nota divulgada no site e nas redes sociais, a UNE defende o rompimento das relações das universidades brasileiras com o Estado de Israel e o veto imediato da compra de dispositivos bélicos israelenses.

Na nota, a UNE repudia a repressão dos atos estudantis pró-Palestina em todo o mundo, e ressalta a atuação dos estudantes brasileiros que afirma terem ‘desempenhado um papel crucial ao liderar mobilizações em defesa da Palestina, destacando a importância de denunciar o genocídio em curso, exigir o cessar fogo imediato e lutar por justiça para o povo palestino’.

Confira a nota da UNE na íntegra:

“Nota da União Nacional dos Estudantes pelo rompimento das Relações das Universidades Brasileiras com Estado Israel e pelo veto imediato de compra de armas Israelenses

O genocídio que o estado colonial de Israel tem promovido contra o povo palestino na Faixa de Gaza assumiu uma outra escala nos últimos dias. Estudantes do mundo inteiro tem reagido para conter esse genocídio em curso e pelo imediato cessar-fogo.

As ações do Estado Colonial de Israel já vitimaram mais de 35 mil civis inocentes, além do avanço da ocupação ilegal, da limpeza étnica e do apartheid que deixam um rastro de destruição, morte e apagamento da história do povo palestino.

Esse genocídio, que já dura mais de 7 décadas, tem trazido prejuízos imediatos, a curto, médio e longo prazo, pois direitos essenciais de um povo inteiro estão sendo retirados, mais de 28 hospitais em Gaza foram destruídos, para além da completa destruição do ensino superior em Gaza , Israel já conseguiu destruir 70% das escolas que oferecem ensino infantil, fundamental e médio da região.

Manifestamos o nosso repúdio a todo ato violento, covarde com o intuito de repreender as manifestações dos estudantes que, em todo o mundo, vêm manifestando apoio à causa palestina e exigindo o rompimento das relações diplomáticas, institucionais e financeiras.

A repressão, detenção dos estudantes e agressão aos jornalistas que cobriam as manifestações é uma lamentável demonstração de ataque às liberdades democráticas, mas, sobretudo, revela o temor que causa a organização estudantil e a luta pela liberdade e autodeterminação dos povos naqueles que se beneficiam com a diluição de direitos civis, destruição de pilares humanitários, ocupação de território e aniquilamento de um povo, como comete o Estado Colonial de Israel contra a Palestina, com o apoio financeiro, político e militar dos Estados Unidos e de outras grandes potências imperialistas. No centro do imperialismo a resistência estudantil tem sido um exemplo de luta a favor do povo palestino.

Os estudantes brasileiros têm desempenhado um papel crucial ao liderar mobilizações em defesa da Palestina, destacando a importância de denunciar o genocídio em curso, exigir o cessar fogo imediato e lutar por justiça para o povo palestino. Agora, mais do que nunca, é imperativo inaugurar um novo ciclo de solidariedade, no qual exigimos a suspensão imediata das relações diplomáticas do Brasil com Israel, bem como o término de todos os convênios entre nossas universidades e centros de pesquisa com o Estado Colonial de Israel. Além disso, demandamos um embargo integral e imediato de armas, visando a interrupção permanente dos ataques em curso.

Neste sentido, a União Nacional dos Estudantes convoca todos os estudantes das universidades brasileiras a se unirem em atos em defesa da Palestina. É hora de demonstrarmos nosso compromisso com os princípios da paz, da dignidade e da igualdade, e exigirmos medidas concretas para acabar com a ocupação ilegal, os bloqueios e a violência que assolam a Palestina.”

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