Em assembleia extraordinária do Sinte-SC nesta quarta-feira os trabalhadores da educação definiram suspender a greve dos professores estaduais por 60 dias. A decisão aconteceu no 15° dia de paralisação, um dia depois da primeira proposta do governo à categoria e da liminar concedida pelo juiz de segundo grau Alexandre Morais da Rosa que proibiu o corte de ponto dos profissionais e a demissão de temporários que aderissem ao movimento.
Na assembleia realizada na Praça Tancredo Neves, no Centro de Florianópolis, a maioria dos professores decidiu manter a mobilização, mas suspensar a paralisação por dois meses. Segundo o governo estadual, a adesão da categoria ao movimento grevista não passa de 5%.
Mesmo assim, na terça-feira, horas antes da decisão liminar do Tribunal de Justiça, apresentou pontos para a negociação. O Sinte-SC, em nota, considerou que havia poucos avanços na proposta.
Pela decisão da maioria presente na assembleia desta quarta-feira, a greve será retomada caso não a categoria entenda que as pautas não foram atendidas.
A greve ganhou visibilidade em seu sexto dia, quando o governador Jorginho Mello (PL) postou vídeo em suas redes sociais dizendo que a principal reivindicação dos professores, a descompactação do plano de carreira, custaria R$ 4,6 bilhões ao Estado. No vídeo, ele ameçou descontar os dias parados dos professores efetivos e demitir os temporários que aderissem à greve.
Em reação à fala do governador, o Sinte-SC organizou uma manifestação em frente ao Centro Administrativo. Nas redes sociais, sindicato e profissionais relataram demissões e ameaças aos grevistas. A decisão de Alexandre Morais da Rosa determinou a reintegração dos demitidos.
Foto: Assembleia extraordinária dos professores estaduais aprova suspensão da greve por 60 dias.
Crédito: Sinte-SC, Divulgação.
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