Uma parte do grupo rebelde colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) rompeu com o comando central da organização, se tornando a primeira facção dissidente da guerrilha.
O governo da Colômbia reconheceu nesta quarta-feira (8) esse novo grupo como uma organização independente.
A Frente Comunitária Sul, que opera na província colombiana de Narino, anunciou na terça-feira (7) sua ruptura com o ELN, o que foi confirmado quase imediatamente por Pablo Beltran, chefe da delegação de paz do grupo rebelde.
“Consequentemente, [o governo] tratará este grupo de Narino como uma organização distinta e independente da organização nacional, com a qual mantém negociações políticas”, informou o gabinete do comissário de paz do governo colombiano em comunicado.
A fragmentação do ELN pode ser um obstáculo à política de paz total promovida pela administração do presidente Gustavo Petro, segundo analistas.
As negociações entre governos anteriores e o ELN, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, fracassaram devido às posições radicais do grupo, ao comando difuso e à dissidência nas suas fileiras.
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