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Dia das Mães: 5 mulheres para se inspirar na carreira como mãe e profissional 

Um estudo realizado pela London School of Economics and Political Science (LSE) em parceria com a Universidade Princeton constatou que a chegada do primeiro filho é um divisor de águas na trajetória feminina: 24% das mulheres deixam o emprego no ano inicial da vida do bebê e 15% permanecem afastadas depois de uma década. 

A situação fica ainda mais alarmante quando olhamos para aquelas que conseguem voltar ao mercado de trabalho após a licença maternidade. Um levantamento feito pela Motherly, que demonstra como o alto custo dos cuidados com os filhos afeta a forma como essas mulheres conduzem suas carreiras: 70% dizem que tiveram que fazer sacrifícios para atender às necessidades de suas famílias e 50% citaram o cuidado dos filhos como o principal motivo. 

Pensando em inspirar as mães que estão em busca de lugar e reconhecimento no mercado, e homenagear aquelas que estão enfrentando todo esse cenário, separamos o perfil de 5 mulheres mães que estão impactando no mercado de trabalho. 

Flavia Souza, líder de pessoas e cultura da Semente Negócios.

    A carreira para mim, sempre foi um aspecto realizador e um importante direcionador de sentido para minha vida. No entanto, quando a gente vira mãe, muitas vezes cai na armadilha de achar que precisa escolher a maternidade em detrimento da carreira. A sociedade, muitas vezes, nos faz sentir que se nos dedicarmos ao trabalho não seremos boas mães e se focarmos na maternidade, nunca iremos protagonizar uma carreira próspera. Quando minha primeira filha nasceu, confesso, fui engolida por essa armadilha da “escolha” e me senti paralisada profissionalmente por um bom um tempo. A culpa e o receio de perder a infância da Helena me assombraram por um período. Para me recuperar disso e voltar a tomar as rédeas da minha vida profissional, passei por um intenso processo de autoconhecimento e decidi que eu não precisava mais decidir entre a maternidade ou carreira, tampouco permitir que amigos ou família me dissessem isso. Dessa forma, há 3 anos quando minha caçula nasceu, já não tive dúvidas sobre me dedicar ou não à maternidade de forma concomitante à carreira. Não estou aqui para dizer que é sempre simples e fluido. Há dias muito cansativos e noites que não são dormidas, com toda certeza. Entretanto, estou aqui para encorajar mais mulheres que tenham o desejo de viver de forma conjunta a maternidade e a carreira! Não deixem que digam a vocês que é preciso fazer uma escolha. As habilidades das mulheres, somadas à uma boa gestão do tempo e planejamento, possibilita sim que alcancemos nossos objetivos em todos os âmbitos que desejamos viver.

    Alessandra Tutunic, head de marketing da Minds Digital.

      Conciliar maternidade e carreira é um desafio para todas as mães, no entanto, consigo ver como a maternidade fez de mim uma profissional melhor. Me tornei mais flexível e paciente. Aprendi com a maternidade que é preciso olhar mais para o próximo, seja ele um colega de trabalho ou um cliente e adaptar-se aos diferentes perfis profissionais, encontrando a melhor maneira de impactar positivamente as pessoas que estão à nossa volta. Também aprendi a valorizar a diferença e a lidar com ela, cada pessoa é motivada por valores únicos e quando queremos ou precisamos exercer a liderança, precisamos conhecer o próximo, entender o seu universo para então encontrar argumentos e ideias que auxiliem a exercer a liderança. Além disso, com toda a dificuldade de conciliar responsabilidades, compromissos e imprevistos que  maternidade e a vida profissional me propiciam aprendi a priorizar melhor as demandas e entender que o trabalho em equipe tem muito valor. Sei que nem sempre vamos dar conta de resolver tudo, mas com paciência e persistência podemos fazer o nosso melhor.

      Natália Castan, CEO e fundadora da Unite.

        A maternidade é grandiosa, transformadora, forte e impactante. Sua magnitude é indescritível. Eu, como tantas outras mulheres, planejei diversos aspectos da minha vida após a maternidade. Com certa ingenuidade, imaginei que as mudanças em minha rotina seriam mínimas e que meus filhos se adaptariam facilmente à realidade de uma mãe empresária. No entanto, a realidade se mostrou bem diferente. Fiz o que esteve ao meu alcance e, hoje, mais de uma década depois, posso dizer com segurança que sou feliz e confiante nas minhas escolhas. Meus filhos são felizes, saudáveis e educados, e isso me traz uma imensa alegria. É verdade que trabalhei até o último dia da gestação de ambos, que nasceram com apenas 1 ano e 1 dia de diferença, e que não tive licença maternidade. No entanto, sempre me esforcei para estar presente com eles, tanto na quantidade quanto na qualidade do tempo dedicado. Além disso, meu marido sempre foi consciente de suas responsabilidades paternas, o que foi fundamental para o equilíbrio familiar. A maternidade me proporcionou um enorme crescimento profissional. Abriu meus olhos para novas perspectivas, me trouxe repertório, me tornou mais eficiente e aprendi a delegar tarefas. Também me tornei mais empática, compreensiva e desenvolvi a capacidade de pensar no futuro. Além disso, aprendi, acima de tudo, que o equilíbrio perfeito na vida é uma ilusão. O que realmente importa são as prioridades, e elas mudam ao longo do tempo. Existem muitas mulheres que enfrentam desafios semelhantes aos meus. Juntas, podemos nos inspirar e construir um futuro melhor para nós mesmas e para nossos filhos.

        Daniane Bergamini, sócia, diretora  financeira e de operações da Progic.

          Retomar os trabalhos após a maternidade, no meu caso, não foi fácil, mas os desafios que enfrentei foram muito mais leves do que sei que a maioria das mães enfrentam no mercado de trabalho. Fiquei um período de um ano e meio afastada das operações da empresa, por conta da pandemia. Tive o privilégio de ter retornado do ponto onde parei, com a mesma remuneração. Tendo esta noção da dificuldade de posicionamento das mães no retorno ao trabalho após a maternidade e me colocando no lugar dessas mulheres, consegui sensibilizar as lideranças da Progic que não tiveram oportunidade de ter contato direto com a maternidade real. Desta forma, as mamães aqui na Progic podem se sentir acolhidas e tranquilas de que a maternidade não é um problema a ser enfrentado, mas sim um momento que deve ser tratado como normal pela empresa e que devemos lidar com estas situações com naturalidade, incluindo nos nossos planejamentos financeiros. Assim, tanto a empresa quanto as próprias mamães se sentem tranquilas em seguir com este ciclo natural da sociedade. Esta é chave para termos cada vez mais ambientes humanizados: entender os ciclos normais da sociedade, do ser humano, assumindo responsabilidades de forma corporativa em relação a estes eventos naturais, não os excluindo de sua jornada como empresa inserida na sociedade.

          Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech.

            Ser mãe e profissional são dois aspectos relevantes na vida de uma mulher e um não deveria anular o outro ou ser visto como um empecilho para a realização feminina. O mercado de trabalho nos questiona sobre como atender todas as demandas, sem avaliar que uma profissional que também é mãe potencializa suas experiências humanas e coloca em prática o relacionamento com pessoas. Acredito que ser mãe me ajuda a desenvolver diversas características e a superar desafios de liderança que enfrento todos os dias. Me faz pensar de forma empática, entendendo as necessidades do outro e, principalmente, me impulsiona a buscar o melhor resultado, a fazer dar certo, e a estimular o crescimento conjunto do meu time.

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