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Maior onda de calor no outono em 35 anos impacta reservatórios e já afeta abastecimento na região

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Em Sumaré (SP), moradores reclamam da falta d’água, e empresa informa que serviço, apesar do aumento da produção, tem sido afetado pelo crescimento no consumo. Maior onda de calor já registrada na região durante outono impacta abastecimento de água
A região de Campinas (SP) enfrenta a maior onda de calor durante o outono em 35 anos, segundo o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp.
A sequência de dias com temperaturas bem acima da média tem aumentado o consumo, provocando reflexos em reservatórios e no abastecimento em algumas cidades.
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Em Sumaré (SP), por exemplo, moradores reclamam da falta constante de água nas torneiras – em alguns casos, os cortes, cada vez mais comuns, chegam a 30 horas.
No Jardim Terra Nova, a dona de casa Maria Aparecida Ribeiro vê a pilha de roupa suja acumular, além de outras necessidades básicas da família serem prejudicadas pela falta d’água.
“A gente não lava roupa, não limpa casa. Não tem água. Segura um pouquinho na caixa [dágua] para fazer comida, tomar um banho, porque como a gente vai ficar?”, indaga.
Daniel Makino, gerente de eficiência operacional da BRK Ambiental, empresa responsável pelo abastecimento na cidade, explica que apesar da ampliação na captação e tratamento, o aumento no consumo pelas altas temperaturas é significativo.
“Comparando abril de 2024 com abril de 2023, houve aumento de 10% na produção de água. No mesmo período, o consumo subiu 12%, bem significativo. Essa é, basicamente, a principal causa [do problema]. Com as temperaturas caindo, nós teremos redução no consumo”, defende.
Reservatório em Vinhedo (SP) já apresenta bancos de areia após redução do volume de água por conta do aumento no consumo
Reprodução/EPTV
Em Vinhedo (SP), esse impacto do aumento das temperaturas e do consumo pode ser observado no reservatório da cidade, com bancos de areia visíveis em espaços que deveriam ser cobertos por água.
Segundo a companhia de saneamento básico da cidade, isso é reflexo pelo calor fora de época, que aumento em 30% o consumo em Vinhedo.
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O que pode ser feito?
Especialista em recursos hídricos, o professor e pesquisador da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo destaca que nem todas as cidades estão preparadas para os períodos de estiagem.
“Desde 2013 as preciptações diminuiram, e as vazões dos manaciais também diminuíram. Então isso está impactando muito o abastecimento. Aquelas cidades da região que não possuem reservatório próprio para regularização, elas já estão tendo problemas com abastecimento, e acredito que vá piorar. Está previsto para este ano o início do fenômeno La Niña, em que as precepitações ficam abaixo da média”, explica Zuffo.
O professor defende que uma das saídas para as cidades é o investimento em infraestrutura, como a troca de tubulações para reduzir o volume de água que se perde entre o tratamento, distribuição e entrega na casa das pessoas.
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