Atual administração do local manifestou ao Executivo que, por causa de dificuldades operacionais e financeiras, não tem mais condições de manter o funcionamento da unidade. Vila Vicentina em Divinópolis
Anna Lúcia Silva/g1
Após a atual administração da Vila Vicentina informar que não tem mais condições de manter o funcionamento do local, a Prefeitura de Divinópolis nomeou, via decreto, integrantes para a Comissão Especial de Acompanhamento da Transição de Gestão da instituição de longa permanência.
O objetivo é identificar a situação e encontrar meios de manter o funcionamento da unidade.
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“Serão levantados todos os dados para identificar as condições da Vila Vicentina. […] Para vermos qual a melhor condução a ser tomada pela Prefeitura para poder não deixar, de forma alguma, que a Vila Vicentina acabe. Este é um local que é grande patrimônio do município, última moradia do Padre Libério”, salientou a vice-prefeita e secretária de Governo, Janete Aparecida.
O g1 entrou em contato com Antônio Dias, tesoureiro da atual gestão da Vila Vicentina, que confirmou a dificuldade para manter o local em funcionamento. “A instituição passou a não ter condições de arcar com todos os custos que a legislação impôs. Infelizmente não demos conta. Além disso, as doações caíram muito e só a folha de pagamento dos 50 funcionários consome toda a receita da instituição”, explicou o tesoureiro.
De acordo com a Prefeitura, a Comissão Especial de Acompanhamento da Transição de Gestão terá por finalidade o acompanhamento das atividades da instituição, mediante coleta de informações, documentos e prescrições necessárias à manutenção do funcionamento.
A primeira reunião deve ser marcada para a próxima semana. Todos os acompanhamentos serão feitos pela vice-prefeita Janete Aparecida. Dentro de 90 dias serão feitos os levantamentos econômicos, assistenciais, médicos. O prazo pode ser prorrogado.
Interdição e investigação no ano passado
Em abril de 2022, a Vila Vicentina foi interditada depois que a Vigilância Sanitária detectou 17 irregularidades no local. Na sequência, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar as irregularidades e outras denúncias contra a instituição de longa permanência.
O inquérito foi concluído e 15 pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil. Menos de um mês após o fim das investigações da Polícia Civil, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra as 15 pessoas.
Em meados de julho do ano passado, uma nova equipe de profissionais designada pela mantenedora assumiu a Vila e desde então está a frente da instituição.
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