Mais de 4 mil pessoas aguardam por cirurgias eletivas no estado. Ministério da Saúde vai destinar recursos para agilizar processos. Mais de 4 mil pessoas estão na fila de espera para cirurgias eletivas no TO
Nos primeiros meses de 2023, os hospitais estaduais do estado realizaram mais de 5,3 mil procedimentos cirúrgicos. Mas 4.180 pessoas ainda estão na fila para conseguir uma cirurgia eletiva. Por causa da quantidade de pessoas, a espera pode durar meses e até anos e quem precisa do atendimento sai no prejuízo.
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A assistente administrativa Maria Zilene Ferreira está nessa situação há um ano, esperando para operar o joelho. “Já tem um bom tempo que eu estou correndo atrás. Mas agora ficou muito difícil porque não estou nem conseguindo andar, movimentar direito. No meu serviço está difícil. Difícil até de ficar sentada porque dói muito, principalmente em cadeira baixa. Isso está me afetando”, lamentou.
Maria Zilene mostra os exames do joelho
TV Anhanguera/Reprodução
Também está na espera o pedreiro Pedro Glória, que há mais de três meses aguarda por procedimento no braço e teme que a cicatrização atrapalhe.
“Dependo dessa prótese, porque se não colocar o braço vai cicatrizar desse jeito e eu perco o movimento do braço. E na profissão minha não vou mais servir para trabalhar. Já estou com 93 dias na espera. O braço está cicatrizando e não tem previsão de fazer cirurgia”, explicou.
Pra ajudar a desafogar a fila de cirurgias eletivas, o Tocantins deve receber mais de R$ 4,5 milhões do Ministério da Saúde. O recurso faz parte do Programa Nacional de Redução de Filas, lançado pelo governo federal no início do ano. Na sexta-feira (12), o Ministério da Saúde informou que já foram liberados cerca de R$ 1,5 milhão para o estado, sendo que os próximos repasses vão ocorrer ao longo do ano.
Mas sem resolver o problema, quem precisa do atendimento com urgência sofre. “Isso é uma falta de respeito com o paciente. Me sinto de pés e mão atadas”, disse Maria Zilene.
“Se eu não fizer essa cirurgia vou perder 90% quase porque vai ficar nessa posição”, reclamou Pedro.
O pedreiro Pedro Glória teme perder os movimentos do braço
TV Anhanguera/Reprodução
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O que diz a SES
Com relação as filas, a Secretaria de Estado da Saúde informou em nota que tem estratégias para atendimento de quem precisa de cirurgia eletiva, como incentiva as equipes das unidades hospitalares estaduais a fazerem cirurgias fora de seus plantões e mantém convênios com os municípios para a realização de cirurgias nos hospitais de pequeno porte
Sobre o caso de Pedro, a SES informou que já adquiriu o material necessário para atendê-lo e aguarda a entrega da prótese pelo fornecedor, para realizar o procedimento.
Com relação a Maria Zilene, ela está cadastrada com classificação de risco baixo e que será atendida serão atendidas conforme avaliação das equipes responsáveis.
Veja as notas na íntegra:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que o Governo do Tocantins trabalha várias estratégias para atendimento da população que aguarda por um procedimento cirúrgico eletivo em tempo oportuno. Para isso, incentiva as equipes das unidades hospitalares estaduais a fazerem cirurgias fora de seus plantões, dentro do Opera Tocantins e mantém convênios com os municípios para a realização de cirurgias nos hospitais de pequeno porte, além da contratação de hospitais privados.
Estas iniciativas já viabilizaram 5.423 mil cirurgias eletivas, em 2023. Desde o início da atual gestão, em outubro de 2021, já foram feitos mais de 17 mil procedimentos.
Sobre Maria Zilene Ferreira Melgaço, a SES informou que elas foram inseridas na Central Estadual de Regulação com classificações de risco baixo, feita pelos solicitantes e serão atendidas conforme avaliação das equipes responsáveis.
Sobre o caso de Pedro, a SES disse que ele está na fila de cirurgias do Hospital Geral de Palmas (HGP); já adquiriu o material necessário para atendê-lo e aguarda a entrega da prótese pelo fornecedor, para realizar o procedimento. A previsão é de que a entrega ocorra nos próximos dias.
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