• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Elefante-marinho que encalhou em Maragogi desaparece

Um elefante-marinho que encalhou na Praia de Antunes, em Maragogi, Alagoas, desapareceu antes que biólogos do Instituto Biota de Conservação chegassem ao local. A equipe acredita que o animal tenha conseguido voltar para o mar. E alerta que ninguém deve interagir com espécies marinhas.
Mas é justamente isso que não acontece no litoral sul da Tasmânia, na Austrália, onde um elefante-marinho de 450kg se transformou em sensação por circular pelas ruas e receber atenção permanente de curiosos. Chamado de Neil, ele viralizou nas redes sociais, sobretudo no Tik Tok, onde tem quase 650 mil seguidores. 
O animal costuma se afastar da costa e se arrastar pelo asfalto. Ele bloqueou o acesso ao carro de uma mulher, deitou-se em frente a uma imobiliária e causou alvoroço em uma loja de peixe e batatas fritas.
A fama de Neil cresceu, algo que preocupa os especialistas marinhos, que alertam para os riscos de interação das pessoas com um animal selvagem.
Os perfis utilizados, no Instagram e no Tik Tok, para documentar a vida de Neil, somam, juntos, mais de 500 mil seguidores. De acordo com o autor da rede social, muitos internautas questionavam quando ele iria receber o tão esperado atestado de ‘verificado’
Mary-Anne Lea, professora do Instituto de Estudos Marinhos e Antárticos da Universidade da Tasmânia, concorda com a necessidade de proteger Neil.
“A Marine Conservation tentou colocar Neil de volta na água, mas ele não estava obedecendo. Eles deveriam saber que Neil governa esta cidade agora!”, diz a legenda do criador anônimo do perfil.
O ecologista Clive McMahon, do Instituto de Ciências Marinhas de Sydney, explicou que elefantes-marinhos costumam ficar em terra para trocar de pelo, mas o comportamento de Neil é considerado incomum.
O elefante-marinho (Mirounga) é um gênero de mamífero carnívoro pinípede (membros inferiores com nadadeiras e dedos compridos, unidos por membranas),focídeo (mesmo grupo das focas), perfeitamente adaptado à vida aquática.
Apresenta corpo robusto, cabeça grande e nadadeiras anteriores pequenas. Machos podem chegar a 5 metros de comprimento, pesando 4 toneladas. Já as fêmeas nunca passam de 2,5 metros, com peso de 400kg. Os filhotes ao nascerem pesam 40kg e medem 1,30m de comprimento.
Há duas espécies reconhecidas: Elefante-marinho-do-norte, espécie ártica, habita o Pacífico, nas costas da Califórnia, México e Guadalupe
Essa espécie do sul, encontrada na Austrália, também pode ser vista em localidades da África do Sul, Ilhas Maurício, Ilhas Reunião e até no Brasil (na região sul e nas épocas mais frias)
Embora seja muito desajeitado e lento em terra, surpreende pela sua agilidade no mar. As fêmeas adultas podem mergulhar até 1.255 metros de profundidade em busca de alimento, mas normalmente mergulham de 500 a 800 metros
Nos machos, o nariz alonga-se numa espécie de tromba, que originou o nome popular da espécie. Os membros anteriores, apesar de robustos, não proporcionam bom rendimento em terra
Os elefantes-marinhos passam cerca de 80% das suas vidas a nadar nos oceanos. Em geral, seus mergulhos duram de 20 a 27 minutos. Mas eles podem permanecer mais tempo, pois são capazes de ficar até 80 minutos sem respirar.
A época de reprodução dura apenas cerca de um mês no Verão do hemisfério onde vivem. Neste período, as fêmeas concentram-se em colônias numerosas localizadas em praias e separadas por haréns controlados por um macho dominante.
A fêmea dá à luz uma cria, que amamenta apenas durante este período sem nunca se afastar para se alimentar. Ao fim deste tempo, já fecundada de novo, a fêmea regressa ao mar abandonando o harém e as crias.
Os elefantes-marinhos foram caçados em abundância pela sua pele, gordura e óleos e estiveram à beira da extinção no século XIX. Atualmente estão fora de perigo, a sua caça é proibida e seus únicos predadores são a orca e o tubarão branco.
Os elefantes-marinhos distinguem-se dos integrantes da família Otariidae (focas, leões e lobos marinhos) por não apresentarem orelhas e por se locomoverem em terra apoiando-se na superfície ventral e não nas nadadeiras.
Há 2.000 anos estes animais se espalhavam pela Tasmânia, onde eram caçados pelos aborígines australianos. No início do século XIX, porém, os caçadores europeus extinguiram os elefantes marinhos no sul da Austrália. Mas, na década de 1980, estes animais voltaram a ser vistos novamente no sul da Austrália e na Nova Zelândia, onde alguns filhotes nasceram.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Os comentários estão desativados.