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Suzano: Resultado frustra, enquanto atenções se voltam para rumores de compra da IP

Suzano Papel e Celulose

A Suzano (SUZB3) reportou, na noite desta quinta-feira (9), um resultado do primeiro trimestre de 2024 que foi, para o mercado, “um pouco mais fraco do que o esperado” – mas nada preocupante. Apesar do número levemente fora do consenso, o tema foi pouco explorado durante as teleconferências com analistas e jornalistas, com o interesse ficando mais para a recente notícia de uma possível compra da International Paper.

Por volta das 12h (horário de Brasília), as ações ordinárias da Suzano caíam 1,31%, a R$ 52,01.  

No começo dessa semana, a Reuters noticiou que a companhia fez uma oferta de US$ 15 bilhões pela empresa. As ações, na terça, caíram mais de 12%, com investidores vendo com preocupação a movimentação, enxergada como “cara” e “sem tantas sinergias”, fora o seu potencial de aumentar nível de alavancagem da Suzano.

Hoje, o CEO da Suzano, Walter Schalka – que deixará o cargo em breve – endereçou algumas questões sobre o tema, mas não confirmou ou negou a oferta.

“Não vamos comentar sobre especulações da imprensa, mas posso dar uma sinalização clara quanto a nosso futuro: temos visão de longo prazo e sempre avaliamos oportunidades para gerar valor ao acionista, podendo ser crescimento orgânico, inorgânico ou recompra de ações”, disse Schalka.

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Ele reiterou a “disciplina” da Suzano e afirmou que a política financeira será mantida. Hoje, a companhia estipula que o nível de alavancagem, medido pela relação entre Ebitda e dívida líquida, pode ficar entre 2 vezes e 3 vezes, podendo ir a 3,5 vezes em períodos de expansão. “Podemos exceder um pouco o limite, mas é claro que, nesse caso, precisamos apresentar um remédio”, defendeu.

O diretor executivo afirmou que, por agora, “não entende a reação do mercado em relação às últimas notícias”. “Estou garantindo que não vamos fazer nada que possa gerar qualquer risco para a empresa”, acrescentou.

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Já quanto ao resultado, os executivos da Suzano explicaram que a diferença apresentada em relação ao consenso foi causada pelos menores volumes, em decorrência da maior formação de estoque no primeiro trimestre. “Recuo do volume de vendas está ligado à manutenção dos estoques. Ainda não conseguimos a recomposição total e há espaço para repor mais. Terminamos o ano passado em um nível insustentável”, disse Leonardo Grimaldi, diretor comercial de celulose.

A XP, em relatório, pontou que a empresa reportou resultados mais fracos do que o esperado. O Ebitda ajustado, de R$ 4,6 bilhões, ficou 6% abaixo do consenso e a receita líquida, de R$ 9,5 bilhões, 4% abaixo. “Notamos que o desempenho dos volumes de celulose foi o ponto fraco nos resultados de hoje”, comentou a equipe da corretora.

O Morgan Stanley, para além dos menores volumes, mencionou que os preços realizados pela celulose também vieram abaixo do esperado. No entanto, o banco americano destacou que os custos caixa foram melhores do que as projeções.

“Os custos caixa de celulose (excluindo paradas) apresentaram melhoria contínua, com os custos de madeira refletindo os esforços relacionados à eficiência da empresa e impulsionados positivamente pela queda nos preços dos insumos. Estabelece um tom positivo para o segundo trimestre em diante, uma vez que a Suzano captura a recente recuperação da celulose”, corrobora a XP.

Analistas também mencionaram enxergar que a Suzano, nos próximos meses, deve se beneficiar da formação de estoque, visto que o preço da celulose vem subindo em 2024.

Os executivos da Suzano ainda trouxeram, por fim, um tom positivo para o restante do ano. Eles esperam alguns ganhos de margem com o ramp up do projeto Cerrado. Fora isso, eles mencionaram também ver que os preços pagos pela celulose na China devem convergir para os mesmos da Europa, hoje com uma diferença de cerca de US$ 100 entre os dois.

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