Durante a oitiva foram debatidos temas relacionados à Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) de fomento à cultura. Escuta com os fazedores de cultura de Santarém sobre a PNAB
Agência Santarém / Divulgação
A Secretaria Municipal de Cultura (Semc), em parceria do Conselho Municipal de Política Pública Cultural (CMPC), concluiu no fim da tarde de sábado (11) a oitiva (escuta) relacionada à Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) de fomento à cultura. O encontro foi realizado no auditório da Escola de Artes Emir Hermes Bemerguy, e teve como público-alvo os fazedores de cultura do município.
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O recurso federal recebido pelo município para fins da PNAB é de R$ 2.174.466,43. Devido as peculiaridades culturais regionalizadas são necessárias a escuta dos fazedores de cultura e a parceria do CMPC.
“A escuta teve êxito ao objetivo de unir setor público, CMPC e os fazedores para a troca de ideias em avaliação de que forma o recurso recebido pela governo federal poderá ser aplicado, na finalidade de criar editais para que seja colocado em ação e execução as diretrizes legais, afim de fomentar, valorizar e propagar a cultura deste município”, disse o secretário municipal de Cultura, Adson Wender Tertulino.
Fazedores de cultura foram divididos em grupos para debates eixos temáticos
Agência Santarém / Divulgação
Durante a atividade, os participantes foram divididos em grupos de trabalho que debaram os seguintes eixos temáticos:
Artes Visuais, Artes Plásticas, Áudio Visual, Arte Digital e Artesanato
Música e Literatura
Artes Cênicas /Teatro, Dança e Circo
Carnaval e Manifestações Folclóricas
Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Quilombos
Após a discussão dos eixos temáticos, os representantes de cada grupos apresentaram as ideias em exposição na plenária, e todas foram aprovadas.
“Os dados serão tabulados pela Semc, e assim possamos direcionar os editais nas necessidades dos fazedores. Porque cada parte do Brasil, a característica é uma, o que incluí Santarém com peculiaridades, nas zonas rural e urbana. E vamos fazer o possível que o recurso chegue ao destinatário de direito, os fazedores de cultura. Várias outras etapas deste processo estão por vir, sempre dentro da legalidade”, explicou Adson Tertulino.
O presidente do CMPC, Gean Araújo, avaliou como proveitosa a escuta. “Quando ouvimos a classe cultural, ao ouvir uns aos outros, surgem várias ideias, um setorial, pode sugerir ideia a outro setorial para melhorias do fazer cultural. A oitiva é obrigatória a realização, o momento é para o fazedor de cultura expor a realidade, sobre os mecanismo, o processo que esse recurso possa chegar nas mãos dele”, destacou.
Ideias apresentadas após discussão de eixos temáticos foram aprovadas pela plenária
Agência Santarém / Divulgação
A fazedora de cultura da comunidade quilombola Arapemã, zona rural (área várzea) Maria Alba Vasconcelos, acredita que a PNAB vai abranger mais manifestações culturais. Ela faz parte do grupo de dança As Pretinhas do Arapemã.
“Faço parte deste grupo, mas em nossa comunidade temos o carimbó e a capoeira. E a participação nesta Oitiva é muito importante para ampliarmos mais participações dos nossos artistas nas lei de fomento à cultura. E queremos idealizar o Festival de Culturas em nossa comunidade na intenção de que outras culturas, além do nosso grupo de dança não se percam”, enfatizou.
Para o fazedor cultural do teatro Elder Aguiar, a escuta é fundamental no processo transparente e democrático. “Fazer cultura em Santarém é caro, o custo cultural amazônico têm suas especificidades, a exemplo do combustível e a energia. E a vinda de recursos dessa linha nos dão mais dignidade. E a Oitiva nos faz termos esse diagnóstico mais preciso das demandas dos fazedores de Santarém. E o secretário de Cultura presente na oitiva reforça a importância neste processo”, afirmou.
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