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Motorista acusado de manter socialite em cárcere presta depoimento

José Marcos apresentou imagens de sua relação com a socialite Regina Lemos Golçalves Reprodução/ TV Globo

José Marcos Chaves Ribeiro, o ex-motorista da socialite Regina Lemos Gonçalves, acusado de mantê-la em cárcere privado por uma década, presta depoimento nesta quinta-feira (16) na 12ª Delegacia de Polícia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Relembre o caso

Regina vive há 30 anos da fortuna bilionária que herdou após a morte de seu marido, o fazendeiro e empresário Nestor Gonçalves. Sem filhos, ela morava sozinha em seu apartamento em Copacabana.

Nos últimos dez anos, no entanto, vizinhos e amigos notaram sua ausência, ficando preocupados quando o contato com ela foi completamente bloqueado por José Marcos.

Em 2022, uma denúncia anônima sobre o desaparecimento de Regina foi feita ao Ministério Público do Rio. Amigos relataram que José Marcos sempre justificava a ausência de Regina, afirmando que ela estava doente e incapaz de receber visitas.

Em entrevista recente ao Fantástico, programa da Rede Globo, Regina revelou que o motorista a mantinha em completo isolamento.

“Ele pegava meu celular… Eu vivia sem poder ter contato com ninguém. Tudo acontecia conforme ele queria, e depois ele saía, me deixando em cativeiro”, disse em depoimento.

Regina afirmou que a relação entre eles era apenas profissional. “Ele era apenas um chofer, e um chofer sem condições”, disse ela. No entanto, o ex-motorista nega essas alegações.

Disputa judicial

Na reportagem do Fantástico também foi revelada uma disputa judicial pela tutela de Regina e seu patrimônio, na qual o motorista alega ser o esposo da socialite. 

Em 2021, foi registrada uma união estável entre eles, com laudos atestando que Regina estava mentalmente apta. No entanto, em dezembro de 2023, Marcos apresentou um novo laudo afirmando que Regina tinha demência avançada e não era capaz de tomar decisões.

Regina decidiu fugir quando soube desse laudo, após 14 anos confinada em seu apartamento. Em 2 de janeiro deste ano, ela foi para a casa de seu irmão em Copacabana. “Eu resolvi fugir. Cheguei magra, osso puro”, contou ela ao programa.

Assustados, os familiares conseguiram uma ordem de proteção que obrigava Marcos a manter distância de 250 metros.

Em 6 de janeiro, a polícia foi ao apartamento, mas Marcos fugiu. Dias depois, ele afirmou à Justiça que Regina fugiu por causa de um surto mental.

Mesmo com a ordem de proteção, a Justiça deu a Marcos o direito de ser curador de Regina, permitindo que ele administre seu patrimônio, conforme previsto na união estável.

Segundo o advogado Bruno Bastos, representante de José Marcos, o médico perito especializado em psiquiatria afirmou que, apesar de Regina estar aparentemente bem e se expressando, ela não tinha capacidade cognitiva para compreender completamente as situações apresentadas.

Esta conclusão, destacou o advogado, foi baseada no laudo clínico.

Por outro lado, a acusação argumenta que o referido laudo foi elaborado em circunstâncias em que Regina estava sob suposta privação de liberdade, o que a deixaria em uma condição vulnerável. 

“Uma senhora desnutrida. As fotos demonstram isso. E agora sim, após uma boa alimentação, após noites de sono, após medicamento adequado, será feito um novo laudo pericial”, afirmou Marcelo Coelho, advogado de Regina.

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