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Futuro de Bitcoin (BITFUT) quintuplica volume negociado após um mês de operação na B3

O volume financeiro e de contratos negociados do derivativo de futuro de bitcoin (BITFUT) quintuplicou neste primeiro mês de negociação, segundo dados compilados pelo InfoMoney, com informações da B3. Nesse período, o contrato já movimentou mais de R$ 10 bilhões.

Entre o início das operações, em meados de abril, até esta quarta-feira (15) houve um salto de 7 mil contratos para 33 mil, por sessão, enquanto o volume diário negociado, nos respectivos períodos, avançou de R$ 239 milhões para quase R$ 1,1 bilhão.

Segundo a analista Martha Matsumura, da XP, neste primeiro momento, ainda há uma adaptação do trader, de índice, dólar e ações, em relação ao novo produto. Ela acrescenta que existe ainda alguma confusão com o conceito de blockchain – que está por trás do bitcoin –, com o de derivativos, de mercado futuro, negociado em Bolsa. 

“O bit (BITFUT) não é bitcoin. Mas, conforme as pessoas estão entendendo que tem um modelo de execução semelhante ao mini-índice ou minidólar, o bit vai atraindo mais interesse de traders e de investidores”, diz ela.

Alexandre Wolwacz, trader conhecido no mercado como Stormer, observa o crescimento das negociações e avalia que os investidores ainda estão buscando as melhores ferramentas de análises.

Assim, ainda há muita negociação ocorrendo em contas de demonstração (demo) e simuladores, dizem os especialistas, como forma de calibragem das operações, antes do começo para valer nas contas das corretoras.

“O bit vem ganhando tração dia após dia, com mais adeptos, que começam a enxergá-lo como uma terceira alternativa de trade”, afirma, em referência ao índice e ao dólar – contratos futuros mais negociados na B3.

Para ele, o produto vem atraindo o público porque há um grande interesse pelo bitcoin. Stormer compara a evolução do bit com os futuros de petróleo e o de S&P, lançados pela B3, mas que não tiveram adesão no Brasil.

“O público do trader é muito interessado em bitcoin, muito mais do que em petróleo ou S&P500. Entendo que, neste momento, o contrato de bit está colocando os seus fundamentos e fincando raízes cada vez mais na B3”, completa Stormer.

Leia também:

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Evolução do Bitfut na B3

Contratos de BITFUT (negociação e volume). Fonte: B3

Na avaliação de especialistas, o trader que vem operando ainda é o mais acostumado com negociações de minicontratos, do que necessariamente os que operam compra e venda de bitcoin em exchanges internacionais. Cenário que pode ser modificado, conforme haja maturação do contrato e entendimento das operações, acrescentam.

“Observo, pelo comportamento apresentado, do contrato futuro de bitcoin, que se assemelha muito com o do trader de índice, até mais do que o de dólar”, analisa Stormer, citando a alavancagem do bit, inferior a do minidólar, mas superior a do mini-indice.

De acordo com Martha, o bit vem registrando picos de negociação em alguns momentos do pregão com menos fluxo nos contratos de índice e dólar, bem como na abertura, quando acontece o ajuste de preços.

Como o contrato de futuro de bitcoin é fechado logo após as 18h30, quando a B3 encerra o pregão, e reabre na sessão seguinte, às 9h, há uma movimentação maior, na abertura, por conta do ajuste nos preços.

Lembrando que o bitcoin, ao contrário, fica aberto 24 horas, 7 dias por semana. Outro pico acontece com a proximidade do fechamento – exatamente para evitar “sustos” na abertura da sessão seguinte.

Por conta desse “gap” de preços, que acontece entre a virada das sessões, Stormer diz não ser muito “sensato dormir ‘comprado’ ou ‘vendido’”. “Primeiro, porque a margem é alta e, segundo, porque a movimentação pode ser grande durante a noite.”

“Se acontecer algum movimento muito brusco (de preços) e o mercado abrir com algum ‘gap’ na direção oposta à posição, o trader pode não conseguir se defender. Por isso, (o bit) é um contrato para operar como day trade”, completa, lembrando que a margem de garantia é de quase R$ 15 mil.

Veja também:

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Book de negociação

Neste começo, por outro lado, traders e especialistas observaram problemas com o book de negociação ou “livro de ordens”, ferramenta que exibe as ordens de compra e de venda de ativos, sejam ações, contratos futuros ou moedas.

Por meio do book, traders e investidores visualizam as melhores ofertas de compra e de venda dos ativos. A partir daí, se gera o spread – a diferença de preço entre o que o comprador está disposto a pagar e na ponta contrária o vendedor, a se desfazer do ativo.

“Já estamos vendo uma grande evolução, mas ainda há alguns buracos (no book). Uma ausência de negociação, justamente porque o ativo ainda tem momentos de menor liquidez”, diz o analista João Tonello, da Nomos e criador do Evolução Cripto.

Exemplificando: caso o contrato futuro de bitcoin esteja valendo, no preço de tela, 341.520, no book pode estar a 341.420 na compra e a 341.620 na venda. Dessa diferença de preços é que se forma o spread.

“De início, havia um spread de até R$ 200… Mas isso tem começado a reduzir, radicalmente. Agora, temos uma média (de spread) de uns R$ 40, eventualmente R$ 60”, explica Stormer.

Ou seja, conforme avance a liquidez, naturalmente o spread tende a diminuir. “O book ainda assusta um pouco”, analisa Martha. Entretanto, ela enxerga o aumento da liquidez para breve.

“Não deve demorar para atingirmos 100 mil contratos por dia”, projeta ela, acrescentando que, conforme as negociações evoluam, com aumento da liquidez, robôs também devem passar a operar.

“Com a melhora do spread, o contrato vai chamar mais atenção do investidor como um todo, inclusive o institucional”, finaliza.

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