Desde o início das enchentes, 135 pessoas foram presas. As patrulhas contam até com equipamentos de visão noturna no combate ao crime. Flagrante de roubo de tratores no RS
O Fantástico mostra o combate aos crimes no Rio Grande do Sul: 135 pessoas foram presas desde o início das enchentes. As patrulhas que circulam nas áreas alagadas contam até com equipamentos de visão noturna.
Esta semana, a equipe do Fantástico percorreu Porto Alegre e outras cidades alagadas. Em Eldorado do Sul, por exemplo, ladrões ameaçaram abrigados em uma concessionária para roubar tratores.
Um vídeo mostra uma fuga lenta, descarada, em uma das poucas avenidas secas da zona industrial de Eldorado do Sul. Foi no fim da primeira semana das chuvas que os bandidos se misturaram aos moradores abrigados em uma concessionária. Segundo uma testemunha, deveria ter mais de mil pessoas no local. Os moradores foram as primeiras vítimas.
“Pegavam as jaquetas, botinas, tudo. Tu via que eles faziam uma festa com cada caixa que eles abriram e descobriam o que era”, conta uma testemunha.
Depois, tentaram levar um caminhão.
“O povo que estava lá se uniu e não deixou eles levarem porque tinha um senhor idoso dormindo dentro”, diz uma testemunha.
Na madrugada do domingo (6), foi a vez dos tratores, em uma ação que se estendeu pelo dia.
“Eles deram a entender que eles tinham armas. Então, ou a gente liberava os tratores, ninguém falava nada, ou ia sobrar para nós. Daí, eles começaram a tirar trator. Era cena de terror”, relata uma testemunha.
A concessionária fica a 500m de uma fábrica de alimentos.
“Nós acreditamos que utilizaram os tratores da empresa do lado aqui para derrubar a cerca e ter acesso. Vieram para saquear a empresa, levaram computadores, maquinário, ferramentas”, afirma o advogado da fábrica, Fábio Raimundi.
Sem energia elétrica, as câmeras de segurança da fábrica não registraram as ameaças aos abrigados, os saques e o vandalismo.
“Não conseguimos falar com força policial, com ninguém. Não tinha como acessar Eldorado, tivemos que aguardar”, diz Raimundi, que calcula um prejuízo em torno de R$ 10 milhões.
“Os próprios empregados da empresa conseguiram recuperar esses 20 tratores que foram furtados”, diz Luciane Bertoletti, delegada da Polícia Civil.
Repórter: E isso tem, tem atuação de facção? A senhora acha que é uma coisa orquestrada por facções?
“É, nós acreditamos que sim. Nós temos a identificação de três indivíduos que são faccionados e que estavam nessa ação contra a empresa”, afirma a delegada.
A polícia encontrou parte dos objetos roubados.
“A polícia aqui está trabalhando integrada, junto com a Brigada Militar, junto com órgãos federais, com a Polícia Federal, para a gente levantar os locais onde estão guardando essas mercadorias”, afirma a delegada.
Na capital gaúcha e nas cidades alagadas, a polícia usa equipamento de visão noturna para fazer as patrulhas e as buscas. Empresas de segurança fazem ronda de barco.
“O trabalho de repressão ao crime está muito bem feito pelas forças de segurança. Nós estamos com 27,5 mil policiais mobilizados em todo o estado, inclusive suspenderam férias, licenças, todo o resto. Apreendemos até agora107kg de drogas e realizamos prisões, inclusive nos abrigos, envolvendo alguns crimes sexuais. Estamos trabalhando o tempo todo para manter a segurança, patrulhando as áreas alagadas e secas, dia e noite, para garantir a segurança do cidadão”, afirma Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil.
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Um vídeo mostra uma fuga lenta, descarada, em uma das poucas avenidas secas da zona industrial de Eldorado do Sul. Foi no fim da primeira semana das chuvas que os bandidos se misturaram aos moradores abrigados em uma concessionária. Segundo uma testemunha, deveria ter mais de mil pessoas no local. Os moradores foram as primeiras vítimas.
“Pegavam as jaquetas, botinas, tudo. Tu via que eles faziam uma festa com cada caixa que eles abriram e descobriam o que era”, conta uma testemunha.
Depois, tentaram levar um caminhão.
“O povo que estava lá se uniu e não deixou eles levarem porque tinha um senhor idoso dormindo dentro”, diz uma testemunha.
Na madrugada do domingo (6), foi a vez dos tratores, em uma ação que se estendeu pelo dia.
“Eles deram a entender que eles tinham armas. Então, ou a gente liberava os tratores, ninguém falava nada, ou ia sobrar para nós. Daí, eles começaram a tirar trator. Era cena de terror”, relata uma testemunha.
A concessionária fica a 500m de uma fábrica de alimentos.
“Nós acreditamos que utilizaram os tratores da empresa do lado aqui para derrubar a cerca e ter acesso. Vieram para saquear a empresa, levaram computadores, maquinário, ferramentas”, afirma o advogado da fábrica, Fábio Raimundi.
Sem energia elétrica, as câmeras de segurança da fábrica não registraram as ameaças aos abrigados, os saques e o vandalismo.
“Não conseguimos falar com força policial, com ninguém. Não tinha como acessar Eldorado, tivemos que aguardar”, diz Raimundi, que calcula um prejuízo em torno de R$ 10 milhões.
“Os próprios empregados da empresa conseguiram recuperar esses 20 tratores que foram furtados”, diz Luciane Bertoletti, delegada da Polícia Civil.
Repórter: E isso tem, tem atuação de facção? A senhora acha que é uma coisa orquestrada por facções?
“É, nós acreditamos que sim. Nós temos a identificação de três indivíduos que são faccionados e que estavam nessa ação contra a empresa”, afirma a delegada.
A polícia encontrou parte dos objetos roubados.
“A polícia aqui está trabalhando integrada, junto com a Brigada Militar, junto com órgãos federais, com a Polícia Federal, para a gente levantar os locais onde estão guardando essas mercadorias”, afirma a delegada.
Na capital gaúcha e nas cidades alagadas, a polícia usa equipamento de visão noturna para fazer as patrulhas e as buscas. Empresas de segurança fazem ronda de barco.
“O trabalho de repressão ao crime está muito bem feito pelas forças de segurança. Nós estamos com 27,5 mil policiais mobilizados em todo o estado, inclusive suspenderam férias, licenças, todo o resto. Apreendemos até agora107kg de drogas e realizamos prisões, inclusive nos abrigos, envolvendo alguns crimes sexuais. Estamos trabalhando o tempo todo para manter a segurança, patrulhando as áreas alagadas e secas, dia e noite, para garantir a segurança do cidadão”, afirma Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil.
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