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VÍDEO: por telefone, Lula determinou isolamento de acampamento e prisão de bolsonaristas após atos terroristas, diz general Dutra


Conversa foi intermediada pelo então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias. Militar era chefe do Comando Militar do Planalto, no dia 8 de janeiro. General Dutra diz que Lula determinou isolamento do acampamento e prisão de bolsonaristas
O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), afirmou, nesta quinta-feira (18), que conversou com o presidente Lula (PT), por telefone, após os ataques terroristas contra as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília (veja vídeo acima).
Segundo o militar, o presidente determinou a prisão imediata dos bolsonaristas que retornaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. As declarações foram feitas durante a CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do DF. O general chefiava o CMP durante os ataques do dia 8 de janeiro.
“[Falou que] Se nós entrarmos agora, podemos terminar essa noite com sangue. O presidente Lula, eu tenho uma admiração pela inteligência emocional dele, disse que seria uma tragédia e falou para isolar a praça [dos cristais] e prender todo mundo amanhã [dia 9 de janeiro]”, disse Dutra.
A conversa foi intermediada pelo então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias. Dutra conta que decidiu fazer a ligação após Ricardo Cappelli, nomeado interventor da Segurança Pública no DF, afirmar que haveria a desmobilização do acampamento ainda na noite do dia 8 de janeiro.
“Resolvi ligar para o Gonçalves Dias e disse que a situação era grave, e que teria uma operação sem o planejamento adequado. Ele passou o telefone para o presidente”, lembrou.
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Estratégia
Policia acompanha enquanto bolsonaristas deixam o acampamento golpista diante do QG do Exército em Brasília
Gustavo Moreno/AP
Ainda durante o depoimento na CPI, o militar afirmou que o Exército tinha uma “estratégia indireta” de desmotivar a presença dos bolsonaristas no acampamento em frente ao Quartel-General.
“Nós tentamos o tempo todo, desde o início, desmotivar o acampamento. Nenhuma instituição que tinha a obrigação ou poder de dizer que aquele acampamento era ilegal o fez. Nós resolvemos estabelecer uma estratégia indireta para desmobilizar o acampamento. Desde o inicio, estabelecemos regras, limitamos os acessos e a logísticas”, afirmou Dutra.
O ex-chefe do Comando Militar do Planalto afirma que o Ministério Público Federal e o Militar não deram ordem judicial para desmontar o acampamento. “Trataram as ilegalidades que aconteceram no acampamento, como furto de energia, de água, comércio ilegal”, disse. Segundo ele, essas ilegalidades foram combatidas pelo Exército.
Em dezembro, o general afirma que um militar foi orientado a ir até o acampamento, incentivar os bolsonaristas a “passarem o Natal em casa”.
Para o militar, o acampamento acabaria naturalmente, se não fosse os atos do dia 8 de janeiro, que resultou no ataque as sedes dos Três Poderes. “Se não houvesse aquele lamentável 8 de janeiro — aquela coisa fatídica, não entendo como um grupo de pessoas faz um ato de vandalismo daquele —, o acampamento acabaria naturalmente”, afirmou o militar.
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