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1 ano fora dos leilões da Aneel, Taesa calcula que é hora de voltar

O jejum da Taesa (TAEE11) em leilões de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) completa um ano no próximo dia 30 de junho. Nessa mesma data, em 2023, a companhia foi uma das vencedoras do megaleilão de nove lotes, com investimento total de R$ 15,7 bilhões, e marcado por deságios acima do esperado.

A empresa fez menção de participar das disputas seguintes, mas sua ausência não passou despercebida tanto no leilão de dezembro do ano passado quanto no primeiro de 2024, realizado em março último. Porém, o principal executivo da Taesa hoje diz que a empresa está otimista com a possibilidade de uma participação efetiva nos próximos. 

“É necessário voltar”, afirma Rinaldo Pecchio Jr., diretor financeiro, de relações com investidores e CEO em exercício da companhia, em entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney. “Com certeza vamos voltar, trazendo investimentos que façam sentido para nosso portfólio, sempre adicionando valor para a ação”.

Segundo Pecchio, a Taesa precisa de ativos que sejam “competitivos em termos de sinergia”. “É mais difícil fazer uma oferta em uma região onde ainda não temos ativos. Nos concentramos nas áreas onde nós ou algum parceiro nosso estão presentes”, explica. O próximo leilão de transmissão da Aneel está previsto para setembro. 

Novas receitas

O prazo médio das concessões da Taesa é o menor entre as empresas do setor, apontam analistas – muitas delas vencem em 2030. Daí a percepção de que a companhia não pode ficar muito tempo de fora. “Haverá perdas de receita no final dos contratos que vamos ter que compensar. Vamos ter que participar de leilões e ter outras operações para ter essa compensação”, admite o CEO interino. 

A Taesa prevê desembolsar R$ 3 bilhões em seu atual ciclo de investimentos, que deve trazer R$ 430 milhões em receitas nos próximos dois anos. “Isso faz com que a gente tenha mais Ebitda [sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos e depreciações], o que ajuda na redução da alavancagem”, afirma Pecchio. 

A companhia terminou o primeiro trimestre com uma relação entre dívida líquida e Ebitda de 3,8x. O CEO em exercício diz que a alavancagem deve fechar em o ano de 2024 “um pouco acima disso”, chegando a um pico, e desacelerando a partir do ano que vem. 

“A companhia tem remunerado os acionistas e feito investimentos para manter seu crescimento futuro. Por isso, foi ocupando a alavancagem que possui. Mas a qualidade de crédito se manteve, continuamos com a nota máxima das agências de classificação de riscos e queremos seguir com fontes de financiamento competitivas”, afirma Pecchio. 

Impacto nos dividendos

Por estar próxima de um pico de alavancagem, a Taesa entendeu que precisava flexibilizar sua política de dividendos. A partir deste ano, a distribuição de proventos deve ter o lucro líquido regulatório como base, assim como já fazem outras empresas do setor, política alinhada à geração de caixa da companhia. Para este ano, a proposta é de um payout de ao menos 75% do resultado. No ano que vem, com a redução da alavancagem, a Taesa tem a intenção de distribuir entre 90% e 100% do lucro. 

Leia mais: Distribuição de dividendos bate recorde no mundo, mas recompras “secam”

“Os 75% são condição necessária para que tenhamos um ciclo de crescimento mantido um pouco mais a frente”, afirma o executivo. “Distribuir de 90% a 100% é uma intenção, não uma garantia.[…] Podem surgir várias condições que venham a impedir [um pagamento maior]. Mas, historicamente, uma companhia que pagou mais de R$ 4 bilhões em dividendos nos últimos três anos, tem disciplina financeira”. 

Pecchio diz ainda que uma futura participação em leilões “não afeta tão diretamente” os atuais planos de distribuição de dividendos da companhia. Ele explica que, ao arrematar um lote, os desembolsos são menores nos dois primeiros anos do projeto.

“Os desembolsos e captações maiores ocorrem um pouco mais a frente. A gente entende que é possível fazer essa conjugação [entre leilão e dividendos], como a companhia já fez durante muito tempo”, conclui o CEO interino. 

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