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Após apostador cobrar por prejuízo em aposta, Bauermann alegou que ia atrasar pagamento porque gastou ‘fortuna’ com filha recém-nascida na UTI


Denúncia do MPGO indicou que Eduardo Bauermann recebeu dinheiro dos apostadores, mas não cumpriu o combinado, por isso tinha a dívida. Atleta jogava no Santos, mas foi afastado. Eduardo Bauermann alegou que ia atrasar pagamento para Romarinho porque gastou ‘fortuna’ com filha recém-nascida na UTI
Montagem/g1
Prints obtidos pela investigação do Ministério Público de Goiás (MPGO) indicam que, por conta do prejuízo em uma aposta, Romário Hugo, conhecido como Romarinho, cobrava com frequência o jogador Eduardo Bauermann, que atuava no Santos. Em uma das cobranças, o zagueiro disse ao acusado de ser apostador que ia atrasar o pagamento da dívida.
“Tive uns problemas aqui com minha filha recém nascida no hospital, passou 6 dias na UTI e isso acabou comigo, tive que pagar uma fortuna no hospital, mas estamos nos reerguendo”, escreveu o zagueiro.
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Em nota, a defesa de Romarinho diz que “não tem propriedade, nesse momento, para se manifestar acerca de supostas condutas e comportamentos adotados por terceiros alheios ao processo principal” (veja a nota na íntegra no fim da reportagem).
Tanto Romarinho quanto Bauermann se tornaram réus na operação que investiga o esquema de manipulação de jogos de futebol. Bauermann foi afastado do time. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a denúncia do MPGO, Bauermann recebeu dinheiro dos apostadores, mas não cumpriu o combinado, por isso começou a dívida. Comprovantes de PIX enviados antes da informação da internação da bebê mostram que Bauermann transferiu R$ 50 mil a Romarinho.
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Por causa do valor gasto no hospital, o zagueiro explicou como ficariam as parcelas, que eram anotadas no bloco de notas do apostador.
“Estou com R$ 30 mil aqui para te mandar e amanhã vou dar um jeito de conseguir os outros R$ 20 mil pra fechar os 50. Se não fosse essa situação do hospital, eu já tinha teu valor aqui”, disse Bauermann.
No dia 13 de dezembro do ano passado, um comprovante mostra que Bauermann enviou R$ 20 mil a Romarinho, que respondeu: “Se Deus quiser mês que vem fazemos alguma coisa pra você não ficar me mandando dinheiro”. Outro PIX foi feito pelo jogador no dia 15 do mesmo mês, mas dessa vez com R$ 30 mil.
Romário Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, é um dos acusados em esquema de manipulação de jogos em operação feita pelo Ministério Público de Goiás
Reprodução/Rede Globo
Dívida e ameaças
Segundo a denúncia, o zagueiro do Santos teria aceito o pagamento de R$ 50 mil para ser punido com um cartão amarelo na partida entre Santos x Avaí, em novembro, da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022.
Sem sucesso, o jogador teria aceitado ser expulso da partida entre Botafogo x Santos, da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022. Bauermann recebeu o cartão vermelho após o apito final do jogo — o que não vale para muitos sites de apostas.
Após descumprir o acordo, o jogador passou a ser ameaçado por Romarinho, como mostram os prints.Em uma mensagens, um dos integrantes do grupo encaminha ao jogador uma mensagem de outra pessoa com a frase: “Irmão, esse moleque merece morrer”.
Racismo
Em ofensa racista, companheira de apostador se refere a jogador como ‘macaco’, depois de ele não cumprir parte do acordo e ser expulso de partida.
Reprodução
Identificada como “Beatriz”, a mulher de Romarinho chamou o zagueiro Eduardo Bauermann de “macaco” após ele não ter cumprido um acordo no esquema de manipulação de apostas esportivas. A informação está na troca de mensagens obtida pelo g1 e que faz parte da investigação contra um grupo acusado de manipular resultados de jogos.
Romarinho se refere a Bauermann como “o preto” do Santos. Na troca de mensagens obtida pelo g1, “Beatriz” consola Romarinho, que perdeu milhares de reais depois de Bauermann não cumprir com o acordo de receber cartão vermelho em uma partida.
Em determinado momento da conversa, Romarinho diz a mulher que nunca “esteve tão perto de ficar rico”.
Ela responde: “não dá pra confiar nesse macaco mesmo”. “Vacilão demais”.
“Macaco” é uma forma racista de se referir a pessoas negras. Quando diretamente direcionada ao interlocutor, a ofensa pode ser caracterizada como injúria racial — um crime no Brasil, de acordo com a legislação.
Nas mensagens, Romarinho diz ainda que Bauermann pagaria por não ter cumprido o acordo. “Com certeza”, responde a mulher.
O que diz a defesa de Romarinho
Veja a íntegra da nota da defesa de Romário assinada pelos advogados Mayara Baldo de Oliveira e Matheus Segala Batista:
“A Defesa de Romário não tem propriedade, nesse momento, para se manifestar acerca de supostas condutas e comportamentos adotados por terceiros alheios ao processo principal.
O processo ainda está em fase embrionária e todo o conteúdo acostado aos autos foi produzido unilateralmente pela acusação, motivo pelo qual não chegou ao nosso conhecimento a existência de apuração de outros delitos.
O que se pode afirmar é que não há nos autos do processo nenhum indicativo de que o Sr. Romário tenha praticado injúria racial ou qualquer outro comportamento correlato.”
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