O ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan, que enfrenta acusações de corrupção, disse nesta quinta-feira (18) que não participará de uma investigação da poderosa agência anticorrupção enquanto estiver em liberdade sob fiança.
A Agência Nacional de Responsabilidade (NAB), que no passado investigou, julgou e prendeu todos os que serviram como primeiro-ministro desde 2008, já havia convocado Khan para investigar as acusações de corrupção, disse um porta-voz.
Khan foi preso pelas acusações, que ele nega, em 9 de maio e posteriormente libertado sob fiança ordenada pelo tribunal, que foi estendida até 31 de maio.
Em uma declaração dirigida ao vice-diretor da NAB e mostrada à reportagem por um dos advogados de Khan, o ex-primeiro-ministro chamou as acusações contra ele de “absolutamente falsas, frívolas e inventadas”.
Ele disse que estava em processo de solicitação e obtenção de fiança em vários outros processos legais e não estaria disponível antes de sua fiança protetiva expirar.
A prisão de Imran Khan desencadeou uma onda de violência que aprofundou a instabilidade política na nação do sul da Ásia de 220 milhões de habitantes. O Paquistão também enfrenta sua pior crise econômica de todos os tempos, com adiamento por meses de financiamento vital do FMI necessário para evitar uma crise de pagamentos.
Liberdade prorrogada
A extensão de sua liberdade sob fiança foi confirmada na quarta-feira (17), quando uma autoridade do país anunciou que pessoas envolvidas em protestos violentos contra a sua prisão serão julgadas em tribunais militares.
Khan foi libertado sob fiança pela Alta Corte de Islamabad na última sexta-feira. O tribunal estendeu a fiança, que deveria expirar nesta quarta-feira, porque o promotor pediu mais tempo para apresentar detalhes do processo contra ele, disse o advogado de Khan, Faisal Chaudhry.
Milhares de apoiadores de Khan atacaram e incendiaram dezenas de prédios governamentais e públicos, incluindo o quartel-general do Exército, após sua prisão.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ex-premiê do Paquistão afirma que não irá depor em processos contra ele no site CNN Brasil.