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General que comandou ações do Exército no 8 de janeiro diz que admira inteligência emocional de Lula

O general Gustavo Henrique Dutra, que comandou as ações do Exército no dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas, disse admirar a inteligência emocional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A afirmação foi feita em depoimento, nesta quinta-feira (18), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

“O presidente Lula, eu tenho uma admiração pela inteligência emocional dele”, pontuou o general.

Dutra fez o elogio ao detalhar as ordens que teria recebido do presidente, após os atos criminosos, para prender as pessoas que estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército.

“Ele [Lula] falou: ‘general, são criminosos, tem que ser todos presos’. [Respondi] presidente, estamos todos no mesmo passo, estamos todos indignados iguais, serão presos; só que, até agora, nós só estamos lamentando dano ao patrimônio. Se nós entrarmos agora sem planejamento, podemos terminar essa noite com sangue”, relatou.

Segundo o general, o presidente compreendeu a observação e decidiu que os militares deveriam aguardar o dia seguinte para atuar.

“Ele [presidente] na mesma hora falou: seria uma tragédia. E falou assim: general, isola a praça [em frente ao QG] e prende todo mundo amanhã”, contou Dutra.

Foi que ocorreu. Cerca de 2 mil pessoas foram presas e um inquérito foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).

Palácio do Planalto

No depoimento à CPI, general Dutra foi questionado ainda sobre o plano de segurança do Palácio do Planalto no dia dos atos criminosos. Ele explicou que chefiava as tropas, mas a responsabilidade de comando era do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

Ele afirmou que até o meio-dia do 8 de janeiro, o GSI não viu a necessidade de equipe extra.

“Depois disso, começou a ser diagnosticado a necessidade de um maior monitoramento, quando às 12h30 foram deslocados 36 agentes para a segurança do Planalto”, completou.

Para entender essa dinâmica, os deputados distritais aprovaram a ida do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, à comissão.

Acampamento em frente ao QG do Exército

O general Gustavo Henrique Dutra também falou à CPI nesta quinta-feira (18) que “ninguém disse que o acampamento” em frente ao quartel do Exército em Brasília era ilegal, mas que, mesmo assim, os militares tentaram desmobilizá-lo.

“Em dezembro, com a diplomação do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva], o acampamento foi diminuindo, e nós aproveitamos essa desmotivação das pessoas para intensificar as medidas de restrição ao acampamento”, afirmou.

Dutra disse que um militar do CMP foi ao acampamento e disse aos manifestantes: “Vá passar seu Natal em casa”. “Era essa a ideia: ‘Vá para casa, já deu. Perdeu seu motivo’. A manifestação ninguém disse que é ilegal, mas não tem mais razão de ser”, complementou.

As pessoas ali agrupadas pediam intervenção militar e golpe de Estado. Muitas delas foram presas posteriormente. Elas são investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Este conteúdo foi originalmente publicado em General que comandou ações do Exército no 8 de janeiro diz que admira inteligência emocional de Lula no site CNN Brasil.

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