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Ex-chefe do Comando Militar do Planalto detalha negociação com Lula para a prisão dos golpistas de 8 de janeiro

General Dutra prestou depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Aos deputados, ele disse que, em conversa com o presidente, ficou acordado que prisões seriam feitas só na manhã seguinte aos ataques para evitar derramamento de sangue. General Dutra presta depoimento na CPI dos atos golpistas da Câmara Legislativa do DF
O ex-chefe do Comando Militar do Planalto, general Dutra, prestou depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele deu detalhes da negociação com o presidente Lula para que os golpistas só fossem presos na manhã seguinte aos ataques para evitar derramamento de sangue.
O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes chefiou o Comando Militar do Planalto de abril de 2022 a março de 2023. O Comando do Planalto cuida do setor militar em Brasília, onde ficava o acampamento bolsonarista, montado em frente ao quartel general do Exército. Foi para o acampamento que muitos vândalos retornaram depois dos ataques de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, contra o Congresso Nacional, STF – Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.
O Exército, então, fez um cordão de isolamento que impediu que a Polícia Militar chegasse ao local. Aos deputados, o general Dutra disse que o objetivo era impedir a fuga dos golpistas e deu detalhes da conversa que teve com o presidente Lula, quando ficou acordado que não seriam feitas prisões naquela noite.
“Ele falou: ‘general, são criminosos, tem que ser todos presos’. Eu disse: ‘presidente, ninguém tem dúvida disso, estamos todos indignados. Serão presos’. ‘General, são criminosos, tem que ser todos presos’. ‘Presidente, estamos todos no mesmo passo, estamos todos indignados iguais, serão presos. Só que, até agora, nós só estamos lamentando dano ao patrimônio. Se nós entrarmos agora sem planejamento, podemos terminar essa noite com sangue’. O presidente Lula, eu tenho uma admiração pela inteligência emocional dele. Ele na mesma hora falou: ‘seria uma tragédia’ e falou assim: ‘general, isola a praça e prende todo mundo amanhã’. Eu virei: ‘presidente, muito obrigado pela compreensão do senhor. Dentro das possibilidades, uma boa noite’. Ele virou: ‘o ministro Múcio está aí com o senhor?’. Eu falei: ‘não’ e ele disse: ‘deveria estar’ e desligou o telefone. Nesse momento, o doutor Ricardo Capelli já estava próximo a mim. Eu convidei o doutor Ricardo para nós entramos no CMP. O comandante do Exército já estava no CMP aguardando. Em seguida chegaram os ministros Flávio Dino, Rui Costa e José e Múcio”, contou o general Dutra.
A assessoria do ministro de Defesa, José Múcio Monteiro, declarou que ele estava no Palácio do Planalto, reunido com outros ministros, no momento da ligação do general Dutra para o presidente Lula.
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