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Mutirão leva cidadania a ribeirinhos que vivem isolados no Pantanal de Mato Grosso do Sul

A procura maior é pelos benefícios previdenciários. Quando há necessidade, um médico da Marinha faz a perícia e, em muitos casos, juízes federais realizam audiências: 135 acordos foram firmados. Mutirão leva cidadania para ribeirinhos que vivem isolados no Pantanal de MS
Um mutirão está levando cidadania para ribeirinhos que vivem isolados no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
Quase 80 servidores e voluntários embarcaram em um navio da Marinha. Foram quase dez horas pelo Rio Paraguai até a primeira comunidade ribeirinha. Dezoito instituições estão participando do mutirão que já atendeu mais de 530 pessoas.
Depois de 40 anos, Valdecir e a pescadora Marina da Conceição Ferreira finalmente se casaram.
“Quantos anos esperando isso. Tentamos três vezes e não conseguimos. Hoje, estamos aqui, felizes. Conseguimos!”, comemora Marina.
A procura maior é pelos benefícios previdenciários. Quando há necessidade, um médico da Marinha faz a perícia e, em muitos casos, juízes federais realizam audiências: 135 acordos foram firmados.
“Pessoas que sequer tem noção dos direitos que elas têm e não têm condições de se deslocar para a cidade para ter esse atendimento. Aí, quando todas as pessoas se reúnem para prestar esse serviço para a população, todas as instituições estão devolvendo cidadania para essas pessoas”, afirma Monique Marchioli Leite, juíza do TRF da 3ª Região.
Yara Aparecida do Carmo é pescadora e conseguiu resgatar mais de R$ 9 mil por dois períodos de seguro defeso que deixou de receber. Já sabe o que vai fazer com o dinheiro.
“Um motorzinho para a gente pescar, porque a gente pesca só no remo mesmo. Agora, graças a Deus, vou conseguir comprar”, diz.
A aposentada Elisa Maria Nascimento da Silva recebia auxílio doença por causa de sequelas de um câncer que a impede de trabalhar. Na audiência, conseguiu se aposentar por invalidez.
“É a notícia que eu esperava tanto. Falei para o meu marido: ‘se eu sair daqui chorando é porque deu certo”, conta.
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O Rio Paraguai é federal e, por isso, toda a área às margens da hidrovia pertence à União. Uma lei permite que comunidades ribeirinhas utilizem estes espaços desde que recebam uma autorização do governo federal. Por isso que a comitiva está realizando uma vistoria nas casas para poder garantir esse direito aos moradores de Porto Esperança. Os ribeirinhos recebem um termo de autorização de uso sustentável.
“Agora, eles estão legalizados. Quando eles estão legalizados, passam a ter acesso a todos os programas que o governo pode oferecer”, explica Fernando Nardon Nielsen, juiz do TRF 3ª Região.
A aposentada Felipa Martinez, de 70 anos, conseguiu a autorização.
“Para mim, agora, eu posso falar que eu tenho o meu lugar. Eu estou muito feliz por isso. Muito obrigada”, comemora.
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