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Influencer presa suspeita de participar de homicídio: entenda como funcionava esquema de tráfico que teria motivado crime


Douglas Henrique Silva foi morto por causa de uma dívida de R$ 250 mil. Influencer acompanhou o ex-namorado no dia em que ele teria matado a vítima e participava do esquema, diz delegado. Yeda Freitas foi presa em Goiânia, Goiás
Reprodução/Redes sociais
A influenciadora digital Yeda Freitas, suspeita de participar do homicídio de Douglas Henrique Silva, também é envolvida em um esquema de tráfico de drogas, em Goiânia. O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, afirma que a vítima foi morta por causa de uma dívida de R$ 250 mil da compra da central de distribuição de cocaína, que Yeda era beneficiada financeiramente.
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O g1 não localizou a defesa de Yeda para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Além dela, o ex-namorado, Antônio Luiz de Souza, Mateus Barbosa da Silva, José Camilo Pereira Bento, Getúlio Junior Alves dos Santos e Leandro Silva Rodrigues também são investigados. O g1 também não localizou a defesa dos outros cinco envolvidos. Yeda e Antônio namoravam na época do crime e, atualmente, não estão juntos.
Até o momento, Yeda, Antônio, José e Mateus foram detidos após terem a prisão temporária decretada na quinta-feira (18). Getúlio e Leandro seguem foragidos. Segundo o delegado, todos os seis investigados respondem por homicídio qualificado por motivo torpe e com a qualificadora de emboscada, sendo Antônio o executor e outros cinco partícipes do crime.
Esquema de tráfico de drogas
O delegado detalha que Antônio, de 26 anos, também conhecido como Toinzinho, comprou da vítima um comércio denominado “Empresa Cola” por R$ 250 mil. Esta empresa seria uma central de distribuição de cocaína, em Goiânia, por pedidos em delivery. “Eles tinham clientes cadastrados que faziam os pedidos por WhatsApp e eles faziam as entregas”, explica.
Alfama afirma que o grupo tinha uma lista de clientes fiés para tentar dificultar que a polícia identificasse o funcionamento do esquema. “Eles tinham todo um sistema de atendimento e entrega das drogas. Para ser cliente, existia uma investigação para saber se a pessoa era policial e confirmar se ela era de confiança. Era uma atividade sistematizada como empresa”, destaca.
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Segundo o investigador, o esquema de tráfico só foi descoberto após o início das investigações ligadas à morte de Douglas. “Não foram encontradas drogas com eles, só descobrimos o funcionamento da empresa por causa do homicídio”, diz. Por isso, Alfama explica que nenhum dos seis investigados respondem por tráfico de drogas, apenas por homicídio qualificado.
Para auxiliar nas investigações, a polícia também apreendeu nesta quinta-feira (18) nove aparelhos celulares dos envolvidos, sendo seis deles usados no esquema de tráfico. “Apreendemos dois celulares com a Yeda, um com o José e seis com o Antônio, que trocava de aparelho toda semana para tentar despistar a polícia. Não apreendemos o celular do Mateus”, diz.
Por fim, o delegado explica que Antônio seria o chefe do esquema, Getúlio, um dos membros da facção criminosa e Yeda uma das beneficiárias. “Ela também fazia os pagamentos da central de distribuição de cocaína e recebia parte do lucro das vendas”, diz. José estaria no momento do crime em que Douglas foi morto e Leandro teria emprestado o carro para enganar a vítima.
Influencer é presa durante operação que investiga homicídio em Goiânia
O crime e a motivação
Douglas foi morto a tiros no dia 14 de março de 2022, por volta de 19h, no Jardim Atlântico, em Goiânia. O delegado conta que, após a compra da empresa, Antônio combinou o pagamento dos R$ 250 mil em parcelas semanais de R$ 6 mil. Alfama afirma que a polícia identificou transferências bancárias de Yeda para conta de familiares da vítima, que seriam pagamentos da dívida.
Entretanto, Antônio teria planejado uma emboscada para matar a vítima com o objetivo de se livrar da dívida. Segundo o delegado, o suspeito teria prometido quitar a dívida dando um carro avaliado em R$ 100 mil para Douglas como parte do pagamento e, no dia seguinte, iria passar outros R$ 80 mil. “Ele de fato entregou o veículo para a vítima e, no outro dia, a matou”, diz.
Qual a participação de cada um no crime?
As investigações apontam que o ex-namorado da influencer, Antônio, seria o executor do crime. “Não tinham testemunhas ou câmeras no local, mas nós localizamos o carro e encontramos vestígios de sangue da vítima. Toda a dinâmica confirmada se confirmou com a prova pericial”, afirma Alfama.
O delegado detalha que Yeda acompanhou o ex-namorado no dia em que ele teria matado a vítima. Além disso, afirma que a conta bancária da influencer era utilizada para pagar as dívidas. “Ela também fazia os pagamentos da central de distribuição de cocaína e recebia parte do lucro das vendas”, diz.
Mateus Barbosa da Silva, José Camilo Pereira Bento e Antônio Luiz de Souza Filho foram presos suspeitos de envolvimento em homicídio, em Goiânia, Goiás
Divulgação/Polícia Civil
De acordo com o investigador, Leandro teria emprestado o carro para Antônio enganar a vítima. “Apesar de alegar que não viu Toinzinho no dia do crime, funcionários de uma oficina reconheceram que eles foram juntos deixar o carro para reparo após a ocorrência do crime”, detalha.
A polícia aponta que José estaria no local no momento do crime. Ele também teria feito buscas no Google acerca de “como apagar impressões digitais”, “quanto tempo dura impressão digital em objeto”, “duração de inquérito policial que apura crime de homicídio”, entre outras pesquisas.
Por fim, informa que Getúlio tem as mesmas características físicas do suspeito de acompanhar Antônio quando ele foi a casa de Leandro buscar um carro para ir matar Douglas. “Verificou-se que ele também atua no tráfico de drogas e é membro da facção criminosa liderada por Antônio”, destaca.
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