Treinamento começou com psicólogos e assistentes sociais da unidade. Objetivo é preparar profissionais para auxiliar no fechamento de protocolos como o de morte encefálica. Treinamento da OPO Tapajós no HRBA em Santarém
Instituto Mais Saúde / Divulgação
Psicólogos e assistentes sociais do Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA), em Santarém, na região de integração do Baixo Amazonas, participaram nesta semana de uma capacitação promovida pela Organização de Procura de Órgãos (OPO) Tapajós. O objetivo foi preparar os profissionais para auxiliar no fechamento do protocolo de morte encefálica e, após esse procedimento, a identificar potenciais doadores de órgãos e tecidos nessa condição.
“Queremos abranger a equipe multiprofissional para que eles possam nos ajudar no protocolo e também depois conseguirmos a captação de órgãos. Mas o principal é fechar este diagnóstico de morte encefálica. Depois, cabe à família decidir pela doação ou não”, explicou o enfermeiro da OPO, Fábio Luciano Brito.
Para ser um doador de órgãos após a morte, é necessário o diagnóstico de morte encefálica, que consiste na parada irreversível das funções do cérebro, e conta com um rigoroso protocolo médico para a determinação. No HRBA, o protocolo é realizado por três profissionais médicos diferentes e consiste em exames clínicos, teste de apneia e mais um exame complementar, para confirmar o diagnóstico.
Os colaboradores do setor psicossocial têm papel importante durante o fechamento do protocolo. “O psicólogo vai ajudar a família, conversar durante este momento difícil. O assistente social vai informar sobre as leis e os direitos que a família tem. Enquanto nós, enfermeiros, preparamos a logística para receber os médicos. É um conjunto de fatores para que este processo seja realizado da melhor forma possível”, destacou o enfermeiro.
Os treinamentos devem continuar com colaboradores de outros setores assistenciais. A OPO Tapajós também prepara um curso para os médicos que atuam na unidade sobre o fechamento do diagnóstico de morte encefálica. As atividades seguem um planejamento acordado com a Central de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), durante visita técnica realizada no mês de abril.
“É uma questão que envolve muitas pessoas e setores. Emergência, laboratórios, equipes cirúrgicas. Todo esse grupo, de médicos e enfermeiros também, é importante para que este protocolo funcione bem”, afirmou o médico e coordenador da OPO Tapajós, Antônio Carlos Silva.
Equipe da OPO Tapajós
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Captação de órgãos
Desde novembro de 2012, o Regional de Santarém conta com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) Tapajós, órgão que atua na identificação, manutenção e captação de potenciais doadores para fins de transplantes de órgãos e tecidos em toda a região oeste do estado. Hoje, a OPO conta com um médico, dois enfermeiros e uma assistente administrativa, que trabalham na busca ativa de potenciais doadores, no apoio ao diagnóstico de morte encefálica e no acolhimento e consentimento da família para a doação.
Até maio deste ano, já foram captados na unidade 169 órgãos, sendo 84 rins, 71 córneas, 10 fígados e quatro corações.
“Queremos capacitar todos os nossos profissionais da assistência para fazer parte deste protocolo importante para a captação e doação de órgãos. É fundamental termos uma equipe cada vez mais preparada para auxiliar em todas as partes deste processo, inclusive dando todo o apoio e esclarecendo qualquer dúvida que os familiares possam ter, com todo o respeito e cuidado com aquele ente querido. E é importantíssimo ressaltar como aquela ação pode ajudar a salvar muitas vidas de outros pacientes que estão em filas de espera”, ressaltou o diretor-geral do HRBA, Éder Lúcio de Souza.
O Hospital Regional do Baixo Amazonas realiza uma série de ações para incentivar a doação de órgãos, tanto no mês de setembro com a Campanha Setembro Verde quanto no resto do ano. O objetivo é conscientizar as pessoas da importância que essa decisão pode ter na vida de outros pacientes.
Serviço
O HRBA é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de pessoas residentes em 14 municípios, e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.
A unidade pertence ao Governo do Pará, sendo administrada pelo Instituto Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e funciona na Avenida Sérgio Henn, nº 1100, no bairro Diamantino, em Santarém, município que fica cerca de 700 km de distância de Belém, capital do Pará.
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