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Chance de ouro perdida, diz Prates sobre veto do Ibama

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a decisão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis) de vetar análise de petróleo na costa do Amapá é uma “chance de ouro que se perde” –entenda o caso mais abaixo. Ele deu a declaração em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada neste sábado (20.mai.2023).

Segundo o Ibama, o pedido da Petrobras apresentou “inconsistências preocupantes” para uma operação segura em área de “alta vulnerabilidade socioambiental”. Afirma também que a região da bacia da foz do rio Amazonas é de “extrema sensibilidade socioambiental”.

“Não existe outra empresa no mundo mais habilitada para fazer essa operação do que a Petrobras. A Petrobras não tem nem um acidente em perfuração de poços em terra, águas rasas, águas profundas, ultraprofundas”, disse Prates.

“Nunca houve vazamento de nenhum poço de perfuração. É um registro histórico exemplar. É uma chance de ouro que se perde”, declarou.

Perguntado sobre o que a Petrobras fará se a negativa do Ibama se mantiver, Prates fala em “testar alguma coisa” na Guina ou Suriname. Os 2 países já exploram petróleo na região da Margem Equatorial.

Eis a resposta do presidente da estatal:

“Talvez diante da impossibilidade de furar na foz, a gente possa testar alguma coisa na Guiana e Suriname. A pena é que lá a gente vai ser mais um. Aqui a gente é a estatal do pedaço, é a host company, a anfitriã.”


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PETRÓLEO NA MARGEM EQUATORIAL

A Margem Equatorial é uma região em alto-mar que se estende da Guiana ao Estado do Rio Grande do Norte, no Brasil. A porção brasileira é formada por 5 bacias sedimentares –um tipo de formação rochosa que permitiu o acúmulo de sedimentos ao longo do tempo. As bacias são:

• Foz do Amazonas, nos Estados do Amapá e Pará;
• Pará-Maranhão, no Pará e Maranhão;
• Barreirinhas, no Maranhão;
• Ceará, no Piauí e Ceará;
• Potiguar, no Rio Grande do Norte.

A Petrobras tenta perfurar na bacia da Foz do Amazonas, que, embora tenha esse nome, não é a foz do rio Amazonas. A área onde seria perfurado o poço de petróleo se encontra a 500 km de distância da foz.

Negada pelo Ibama, a licença ambiental se refere a um teste pré-operacional para analisar a capacidade de resposta da Petrobras a um eventual vazamento. O pedido é para a perfuração de um poço em um bloco de exploração a cerca de 170 km da costa. O teste também permitiria à Petrobras analisar o potencial das reservas de petróleo na região.

A Margem Equatorial é uma região pouco explorada, mas vista com expectativa pelo setor. Isso porque os países vizinhos, Guiana e Suriname, acumulam descobertas de petróleo. Na Guiana, a ExxonMobil tem mais de 25 descobertas anunciadas. No Brasil, só 32 poços foram perfurados a mais de 300 metros do nível do mar, onde há maiores chances de descoberta.

A exploração na bacia da Foz do Amazonas é criticada por ambientalistas porque pode ter impactos sobre o ecossistema da região. Eles afirmam que os dados da Petrobras estão defasados, não sendo possível prever o comportamento das marés em caso de eventual vazamento de petróleo e seus impactos.

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