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Polícia apura se cano de fuzil de PM perfurou pescoço e matou motociclista que avançou em blitz; sangue foi encontrado na arma

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Caso ocorreu no domingo (25) durante baile funk na Zona Norte de São Paulo e foi registrado como ‘morte acidental’. Homem morre após se chocar de moto com policial em SP
A Polícia Civil investiga se a ponta do cano de um fuzil, usado por um policial militar durante uma abordagem, perfurou o pescoço e matou um motociclista na Zona Norte de São Paulo. Apesar de nenhum tiro ter sido dado, foi encontrado sangue na arma usada pelo agente da Polícia Militar (PM).
O caso ocorreu na tarde de domingo (25) durante um baile funk na Vila Brasilândia e foi gravado por câmeras de segurança e testemunhas (veja acima). A PM tinha ido ao local para atender um chamado de moradores que reclamavam do barulho.
VÍDEO: Homem de moto morre após ser atingido por ponta de fuzil de policial em SP
Matheus de Menezes Simões pilotava uma moto e desobedeceu uma ordem de parada da Polícia Militar perto da Rua Claudio Ghirelli. Ele e o garupa estavam sem capacetes, o que é irregular.
Nas imagens é possível ver o momento que o tenente Gabriel Montoro Dantas aparece correndo em direção da motocicleta. Mas o piloto não para, continua acelerando, e há um choque entre o veículo e o PM. O fuzil dele bate nos ocupantes da moto, que se desequilibra um pouco.
Matheus de Menezes Simões e a moto vermelha que pilotava quando morreu após abordagem da PM em São Paulo
Divulgação/Arquivo pessoal
Matheus, porém, consegue retomar o controle da motocicleta, que prossegue por mais alguns metros até cair com ele e o amigo perto de alguns carros. O garupa, não identificado, foge. O piloto fica caído no chão, ferido com uma perfuração no pescoço, agonizando. Nenhum deles estava armado.
A PM foi até o local, e apesar de ter acionado uma ambulância para socorrê-lo, Matheus morreu no local. Ele tinha 21 anos e estava com a habilitação provisória vencida. O jovem não tinha passagens criminais e trabalhava como entregador de encomendas por aplicativo e numa garagem de ônibus. A motocicleta, uma Honda CG 160 vermelha, era do seu avô e estava regularizada.
O caso foi registrado no 45º Distrito Policial (DP), Brasilândia, como “morte acidental” a ser esclarecida, “desobediência”, “localização e apreensão de objeto”, e “entrega de veículo”. A investigação será feita pelo 72º DP, Vila Penteado.
O fuzil do PM foi apreendido para ser periciado pela Policia Técnico-Científica. Os peritos vão analisar a arma, os vídeos e fazer exames para saber se o cano da arma perfurou o pescoço de Matheus e o matou. O laudo ainda não ficou pronto.
Segundo o registro da Polícia Civil, foram encontrados “vestígios de sangue no quebra chama, possivelmente sangue do falecido”. Quebra chama é a ponta do fuzil.
Matheus Simões tinha 21 anos e trabalhava numa empresa de ônibus
Divulgação/Arquivo pessoal
Em sua defesa, o tenente Gabriel alegou na delegacia que investiga o caso que, além de os ocupantes da moto estarem sem capacetes, um deles fazia menção a estar armado. Ainda segundo o PM, ele deu ordem de parada para a dupla, mas a “moto veio ao [seu] encontro” e “ocorreu breve contato de um dos indivíduos com a ponta do [seu] fuzil”.
Gabriel também falou que se feriu no rosto com a “coronha da arma de fogo” e que ficou “brevemente desorientado” e que a dupla fugiu para o baile funk. E que só depois soube que a motocicleta havia caído.
A Polícia Civil também pediu a PM “as imagens das câmeras corporais” dos policiais militares que participaram da operação “para melhor estabelecer a dinâmica do evento, o instrumento e a causa da morte” de Matheus. Segundo a investigação “ainda [há] dificuldade de se estabelecer a compatibilidade do ferimento ostentado pelo falecido com o armamento portado” pelo tenente.
Caso a perícia confirme que o cano da arma perfurou Matheus, caberá a Polícia Civil decidir há indícios para indiciar o PM criminalmente pela morte do rapaz. Mortes de decorrentes de intervenção policial costumam ser investigadas pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O órgão está de sobreaviso se precisar ser acionado.
Matheus Simões pilotava sem capacete quando foi abordado pela PM
Divulgação/Arquivo pessoal
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que, além da Polícia Civil, a Polícia Militar também apura a conduta do tenente para saber se ele agiu corretamente ou não durante a abordagem que depois resultou na morte de Matheus.
Veja a íntegra da nota abaixo:
“Um homem, de 21 anos, morreu após desobedecer a ordem de parada de policiais militares e se chocar contra um dos policiais, na manhã deste domingo (25), na Rua Cláudio Ghirelli, zona norte da Capital. Na ocasião, PMs realizavam operação para apreensão de veículos quando uma motocicleta com dois ocupantes sem capacete, em alta velocidade, avançou em direção aos policiais. Um dos PMs ordenou sua parada, mas o condutor desobedeceu e colidiu lateralmente contra ele, causando uma lesão no rosto do policial. Durante o incidente, a ponta do fuzil do policial atingiu o motociclista, que conseguiu escapar, mas foi localizado posteriormente caído no chão, ferido. Ele foi socorrido, mas não resistiu devido a uma lesão no pescoço, que será investigada. O outro ocupante fugiu e a motocicleta que utilizavam não foi localizada. Durante a ocorrência, uma outra moto, produto de roubo, foi recuperada. O policial ferido passou por atendimento médico e sua arma foi apreendida. Exames periciais foram solicitados ao IC e IML e o caso, registrado como morte suspeita (morte acidental), desobediência, localização e apreensão de objeto, bem como localização, apreensão e entrega de veículo no 72º DP (Vila Penteado). Os fatos serão investigados pelo 45º DP, área dos fatos, e a Polícia Militar também apura a ocorrência por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).”

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