Em Santa Catarina, o ano letivo começou para mais de 514 mil estudantes da rede estadual de ensino. Com isso, aumenta a preocupação dos pais com a proliferação da pediculose, já que a contaminação por piolhos é muito comum no verão, especialmente com a volta às aulas.
Piolho é o causador da pediculose
O biólogo Júlio Vianna Barbosa, pesquisador do IOC/Fiocruz (Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz), esclarece que o piolho é um inseto causador de pediculose e destaca a importância de ações educativas para um tratamento eficaz.
Transmissão e prevenção
O ciclo de vida dos piolhos envolve três estágios, desde a colocação dos ovos até a fase adulta. A transmissão ocorre principalmente por contato direto ou pelo compartilhamento de objetos pessoais, como pentes, escovas e bonés.
“Contrariando um antigo conceito, a transmissão não está relacionada à falta de higiene. Medidas simples, como evitar o compartilhamento de objetos pessoais, são eficazes na prevenção”, ensina Barbosa.
Para eliminar os piolhos, o uso diário de pente fino é recomendado, juntamente com a remoção das lêndeas, que são os ovos do piolho, utilizando uma mistura de água e vinagre.
Riscos de métodos alternativos
O uso de inseticidas ou tinturas de cabelo sem recomendação médica pode ser prejudicial, pois esses produtos não eliminam as lêndeas e podem causar lesões e infecções na pele. O uso indevido de métodos naturais também deve ser evitado devido ao risco de alergias.
“Nenhum tipo de produto deve ser utilizado sem recomendação médica. O couro cabeludo funciona como uma espécie de esponja que absorve o que é aplicado na cabeça. Portanto, é preciso ter cautela”, afirma o biólogo.