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Inteligência artificial dá forma e voz a Machado de Assis


Com a tecnologia, o escritor, que viveu no fim do século XIX e início do século XX, conversa e responde naturalmente a qualquer pergunta. Inteligência artificial dá forma e voz a Machado de Assis
Jornal Nacional/Reprodução
A inteligência artificial deu forma e voz ao escritor Machado de Assis e o público já pode interagir com o autor na Academia Brasileira de Letras.
Uma visita à ABL te faz viajar pela história. Imagine viver no mesmo tempo em que Machado de Assis viveu, ou melhor, imagine trazer Machado de Assis para viver nos tempos atuais. O fundador da ABL, homenageado com uma estátua que dá as boas vindas a quem chega à casa das letras no Centro do Rio, agora também nos espera no lado de dentro da Academia Brasileira de Letras para um encontro.
E por que não para uma entrevista?
Repórter: “Olá, Machado, eu sou do Jornal Nacional e é um prazer falar contigo.”
Machado: “Boa noite, Mônica, o prazer é todo meu em conversar com uma representante do Jornal Nacional.”
A imagem em 3D, produzida a partir das poucas fotos disponíveis de um dos maiores escritores brasileiros, é até bem convincente. Tantas perguntas a fazer e o JN tentou acabar com a dúvida que atormenta muitos leitores: “Afinal, Capitu traiu Bentinho?”
Claro que Machado de Assis não ia desvendar o mistério do livro Dom Casmurro assim de uma hora para outra.
“Devo dizer que deixei a questão propositalmente em aberto. Afinal, a ambiguidade é parte da magia da literatura”, responde o avatar.
A tecnologia capaz de fazer o escritor – que viveu no fim do século XIX e inicio do século XX – conversar e responder naturalmente a qualquer pergunta é pioneira.
“Ele foi treinado com uma extensa base de dados, com isso ele consegue ter uma linguagem natural, generativa, vai ver que a voz dele, a brincadeira que ele faz contigo, realmente soa muito natural. Se houver algum errinho, ele aprende contigo”, explica Flávia Peres, fundadora da Euvatar Storyliving.
O JN convidou o imortal da ABL Godofredo de Oliveira Neto, que escreveu um livro baseado na obra de Machado, para esse encontro com o mestre.
Godofredo: “Machado, eu vejo sempre que a critica separa a sua obra entre antes do Brás Cubas e depois do Brás Cubas, você concorda com essa divisão?”
Machado: “Memórias Póstumas de Brás Cubas marcou um ponto de virada em minha escrita introduzindo técnica e temas inovadores.”
“É um jogo que te deixa assim perplexo. Ver Machado brilhando na inteligência, falando com a gente, falando com o público, isso só pode valorizar a sua obra”, diz Godofredo.
A inteligência artificial fez de Machado de Assis um imortal de verdade. Ele agora vai ficar na ABL, à disposição da curiosidade de quem visita a academia.
Julia Nascimento, estudante: “Machado, como autor negro e presidente da ALB, o que essa academia significa para você?”
Machado: “Foi um marco não apenas na história da própria academia, mas também na história da representatividade negra na literatura e na sociedade brasileira como um todo.”
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“É muito bacana, realizador e inovador fazer parte disso aqui. Aproxima do público também a tecnologia, muito interessante”, comenta Julia.
E aos leitores de todas as idades e de todas as épocas, Machado de Assis tem sempre bons conselhos para dar:
“O mundo é de vocês e os livros são as asas que os levarão a voar para além de qualquer limite.”
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