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Com projetos em diferentes áreas, biólogo une ornitologia e arte em seu trabalho


Morador de Piracicaba (SP), Fernando Igor de Godoy ilustra artigos científicos, estampa produtos e ministra oficinas de desenho para crianças. Fernando Igor de Godoy é ornitólogo e ministra oficinas de desenho de aves
Arquivo pessoal
Muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual carreira escolher, mas Fernando nunca foi uma delas. Ainda criança já gostava das aves, de aprender sobre elas e de observá-las no céu.
Aos 19 anos, Fernando Igor de Godoy entrou na faculdade de biologia, sabendo que seu foco seria a ornitologia. Em 2007, entrou na Universidade de Santo Amaro, em São Paulo (SP), e depois fez mestrado em Ecologia e Recursos Naturais na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
“Eu sempre gostei de aves e não sei de onde que eu tirei isso, porque ninguém da minha família tinha um apreço de observar ou criar os animais. Eu gostava de ir para campo e desenhar o que eu via. A ornitologia foi a vida que me ensinou, muito livro, muito campo. A gente costuma falar que é 80 % campo e 20% literatura”, conta ele.
Macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus) desenhado por Fernando
Arquivo pessoal
Mais que observar, Fernando gostava de desenhar as aves que via. Cada pena, cada detalhe do bico, cada nuance de cor. Descobriu que era bom nisso quando as pessoas começaram a se interessar pelos desenhos e, há sete anos, começou a estampar canecas, ecobags, quebra-cabeças e toalhas com eles.
Canecas estampadas pelos desenhos de Fernando
Arquivo pessoal
“Mas meu foco mesmo é a educação ambiental, é a ilustração, é poder passar essa mensagem adiante. Acho que a conscientização ambiental é algo muito importante e a arte nos permite fazer com que isso flua melhor. A arte é uma ferramenta muito importante de interface para a conscientização ambiental”, afirma o artista.
Hoje, o ornitólogo trabalha com consultoria ambiental, ilustra artigos científicos, vende os produtos que estampa e ministra oficinas de desenho para crianças em escolas, orfanatos e condomínios, sendo a maior parte delas voluntárias. Desde que começou, já realizou eventos em São Paulo, Mina Gerais, Acre e em uma terra indígena no Pantanal.
Nas oficinas, as crianças aprendem técnicas básicas de desenho, aprendem noções sobre conservação, detalhes sobre as espécies, tráfico e criação de animais em cativeiro e sobre a importância ambiental das aves.
Oficina ministrada pelo ornitólogo em uma escola
Arquivo pessoal
“No final, quase todo mundo consegue desenhar e eu aproveito isso pra fazer algum painel para explicar sobre as aves. É sempre muito gratificante”, diz.
“Quando vou fazer um trabalho, eu me dedico muito a estudar o que eu vou desenhar, não simplesmente a parte artística. Ao desenhar uma ave, eu conto quantas penas ela tem nas asas, a proporção do tamanho da cabeça em relação à cauda, como ela pousa”, explica.
Ilustração científica do tietê-de-coroa (Calyptura cristata)
Arquivo pessoal
Literatura infantil
Em 2022, Fernando de Godoy lançou seu primeiro livro: um guia de aves infantil voltado a crianças de diferentes idades.
A ideia foi despertar nelas o interesse pelas espécies brasileiras. No entanto, segundo ele, a atividade de observar também é capaz de desenvolver o raciocínio e a concentração, mostrar a importância da conservação e divertir os pequenos, assim como ele se divertia quando era criança.
Trecho do livro “Minhas Primeiras Observações”
Reprodução/Ornitologia e Arte
“Minhas Primeiras Observações” está disponível para compra no site do artista, que ressalta a falta de materiais que detalhem espécies da fauna brasileira, voltados especificamente ao público infantil.
“Quando a gente joga no Google livros de animais do Brasil, eles têm elefante, girafa e outros que não correspondem à nossa fauna. A maioria dos livros infantis não tem animais da fauna brasileira. Eu falo não só como alguém que está na área da observação de aves, mas como pai também porque tenho uma filha de 7 anos e sinto que falta muito material”, finaliza.
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